Gestão de componentes eletrônicos para a indústria de saúde

A montagem e gestão de componentes eletrônicos para o segmento de saúde exige uma série de especificidades. Dentre elas, o cuidado com as certificações e as diretrizes é, certamente, uma das mais importantes. Anteriormente, falamos no blog sobre a ISO 13485, baseada na famosa ISO 9001 com as orientações voltadas para a área da saúde. Ela é uma das normas mais reconhecidas, não só nacionalmente, e necessita de um sistema de gestão de qualidade eficaz para obter a certificação. Também tratamos sobre as Boas Práticas de Fabricação e Controle da Anvisa na montagem de placas para saúde e dos requisitos apresentados pela resolução de boas práticas RDC nº 59/2000. Além disso, é necessário uma equipe altamente capacitada com grau elevado de expertise e maquinário de ponta.

Oportunidades

As exigências não parecem assustadoras aos fornecedores de equipamentos médicos. Pelo contrário: de acordo com dados do estudo “Equipamentos e tecnologias para saúde: oportunidades para uma inserção competitiva da indústria brasileira”, o segmento não só cresceu na última década, como alcançou o dobro dos resultados: a informação mais recente, de 2011, mostra que as empresas de equipamentos médicos  movimentaram cerca de US$ 325 bilhões. No Brasil, segundo o mesmo estudo, o setor é composto por mais de 500 empresas, sendo 90% de pequeno e médio porte e 70% com produção própria, e as  as expectativas para os próximos cinco anos são positivas, com destaque para os países emergentes. Já no Brasil, segundo o mesmo estudo, o setor é composto por mais de 500 empresas, sendo 90% de pequeno e médio porte e 70% com produção própria.

A Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed) comprova as possibilidades do setor, apontando o interesse de multinacionais no segmento de hospitais do Brasil. A aposta é oferecer soluções adaptadas às necessidades da demanda local para oferecertecnologias atualizadas de forma mais acessível.

Neste contexto, para suprir os gastos com novas tecnologias e mão de obra qualificada, muitas empresas têm buscado soluções para a redução de custos e se deparam com a terceirização completa ou parcial da montagem de componentes eletrônicos. Com isso, a gestão de componentes para o segmento vem ganhando relevância e sendo aperfeiçoada por empresas especializadas.

Inovação

Para se aprofundar no processo de montagem de equipamentos, disponibilizamos anteriormente o post “Pré-requisitos para a montagem de equipamentos hospitalares” que detalha aspectos mais técnicos do processo, como a gestão de qualidade, gestão de risco, validação e verificação. Contudo, falar em gestão de componentes eletrônicos é ir além e pensar também em inovação. Na área da saúde, com uma concentração significativa de estudos e avanços constantes, não poderia ser diferente.

Entre as especificidades do segmento, a importância do feedback é uma das fases do processo de gestão de componentes, criação de soluções e inovação de materiais e equipamentos. Neste caso, a opinião do paciente e dos médicos é essencial para coletar informações que reflitam o uso real do maquinário e quais seriam as eventuais correções. De acordo com o estudo sobre equipamentos e tecnologias para a saúde, as empresas têm procurado cada vez mais os dados relacionados ao pós-venda e treinamento, formando um processo interativo de inovação.

Integração

Uma das tendências da indústria é a integração entre serviços e equipamentos. O potencial da automatização vem sendo utilizado para reduzir custos e aperfeiçoar a produtividade. Dessa forma, a integração oferece uma gestão concentrada e otimizada. Para a indústria de componentes eletrônicos, essa nova orientação significa a procura por soluções unificadoras, com equipamentos integrados aos que estão sendo oferecidos no mercado. Assim se dá um encontro de disciplinas, em que a gestão de qualidade, a gestão de riscos, a coleta do pós-venda, a gestão de inovação e as tecnologias de informação se unem em prol de sistemas integrados de alto valor agregado.

Que tal compartilhar a sua experiência ou dúvidas em relação à gestão de componentes na área da saúde?

Crédito de imagem: DarkoStojanovic/CC

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