[Como bancar um protótipo?] Por que é importante procurar apoio de um centro de pesquisa tecnológica?

Se você está acompanhando a nossa série, já viu que para bancar um protótipo você pode conseguir incentivos para inovação com a redução de impostos, buscar empréstimos subsidiados por meio de linhas de crédito e até concorrer a um financiamento não reembolsável e fazer com que seu projeto seja bancado por um programa de incentivo. Mas, para ter acesso a essas vantagens, é necessário uma boa estrutura interna ou associar-se a centros de pesquisa tecnológica que tenham a experiência necessária para ampliar suas chances e otimizar o trabalho.

Quem pode associar-se a centros de pesquisa tecnológica?

Os centros de pesquisa tecnológica geralmente são entidades ligadas às universidades. Nelas, há profissionais de todos os setores que estudam tendências de mercado e desenvolvem novos produtos e tecnologias. Um exemplo é a Fundação Certi, que funciona junto à Universidade Federal de Santa Catarina e realiza projetos na área de inovação desde 1984.

Qualquer empresa que tenha uma ideia pode pedir apoio para esse tipo de instituição, desde que tenha condições mínimas para colocá-la em prática. Quando chega ao centro de pesquisa tecnológica, a primeira avaliação feita é a de viabilidade, onde são analisados aspectos como: possibilidade de execução, tempo necessário para pesquisa, como será captado o recurso e, principalmente, se há demanda de mercado para a nova ideia. Feito isso, caso o projeto seja aprovado, a instituição de pesquisa tecnológica passa a atuar como parceira e oferece orientações sobre os meios existentes para a execução da pesquisa e, assim que ela for viabilizada, age em parceria para executá-la.

De que formas o centro de pesquisa pode ajudar?

Via de regra em tudo o que diz respeito ao departamento de P&D, desde uma simples consultoria até a execução da pesquisa em si, inclusive arcando com boa parte dos custos. Isso é possível quando a instituição é credenciada à Embrapii, uma rede de institutos de pesquisa para apoio às demandas de P&D. Nesse caso, a instituição de pesquisa é capaz de arcar com uma parte dos custos do projeto e a empresa com o restante. Dessa forma, aumentam as chances de execução e também de sucesso do projeto. As vantagens para o empresário, segundo o site da Embrapii, são:

  • Riscos menores, já que o investimento é compartilhado;
  • Agilidade;
  • Parceria com instituições com competência e experiência comprovadas;
  • A EMBRAPII não tem participação na Propriedade Intelectual.

Segundo a reportagem especial sobre as 100 empresas mais inovadoras publicada pela revista Exame em julho de 2016: “Aproximar as universidades das empresas é estratégia que vem dando certo na operação da empresa brasileira de pesquisa e inovação (Embrapii). Com três anos de operação e 28 instituições tecnológicas credenciadas, a instituição já assinou 108 projetos (em parceria com empresas e institutos de pesquisa), somando R$178 milhões em projetos”.

Outra forma interessante de parceria com institutos de pesquisa tecnológica é por meio da participação das chamadas do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para bolsas de pesquisa. Essas bolsas podem ser totalmente ou parcialmente subsidiadas. Assim, o profissional que realiza a pesquisa como forma de mestrado ou doutorado, além de receber o título também fornece os resultados para uso da empresa.    
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