Quais os tipos específicos de testes para placas eletrônicas?

testes para placas eletrônicas

Fazer testes para placas eletrônicas é importante para garantir que o trabalho seja bem feito e assegurar a qualidade do produto final. Tanto na montagem de placas ou outros segmentos da indústria, isso só é possível por meio do desenho de processos que visem a conformidade em todas as etapas.

Mais do que uma necessidade, ter um produto em conformidade tornou-se uma necessidade do mercado. Empresas cada vez mais organizadas fazem com que os padrões se elevem e, aquelas que perdem tempo realizando reparos tardiamente, tendem a ficar para trás.

A estratégia adotada na rotina de testes dependerá muito da natureza do produto e da necessidade da empresa. Ela pode ser de vários tipos, tais como:

 

Etapa a etapa

É um tipo de verificação feita ao final de cada processo. Não é comum quando há processos manuais, mas pode ser implantado em indústrias 4.0 nas quais o uso de sensores, aparelhos de raio-x e verificações de todos os tipos são instaladas com o objetivo de garantir a conformidade máxima.

Desvantagem: o processo etapa a etapa exige mudanças significativas na estrutura da fábrica e aquisição de novas tecnologias, o que pode não ser necessário ou mesmo viável no momento.

 

Todas as unidades ao final do processo

É viável quando há um número pequeno de unidades ou quando o processo é extremamente sensível e exige que as peças sejam verificadas uma a uma.

Desvantagem: tempo maior dedicado ao processo, o que consequentemente o torna mais caro.

 

Por amostragem

É o mais utilizado, já que processos industriais são padronizados e obtêm resultados muito semelhantes em um determinado número de vezes.

Desvantagem: se um erro ocorre de forma espaçada, é possível que a amostra colhida não o detecte e a falha apareça somente depois. No entanto, isso é incomum.

É importante destacar que não existe uma rotina de testes para placas eletrônicas melhor do que a outra. A escolha vai depender da necessidade do produto e dos recursos disponíveis

 

Qual o risco de não realizar testes para placas eletrônicas?

Há, ainda, as empresas que optam por não realizar testes nas placas eletrônicas antes de enviar o produto ao cliente final. Quando o teste é feito pelo cliente, o risco é de que o produto volte para reparo, gerando gastos com logística.

No entanto, se o teste é feito somente com o produto já montado, o risco é ainda maior. Ao detectar um erro, talvez seja necessário desmontar a peça, o que costuma causar danos definitivos à estrutura, muitas vezes inviabilizando a comercialização.

 

3 tipos de testes para placas eletrônicas

Recomenda-se, portanto, que nenhuma placa saia da fábrica sem antes ter sido devidamente testada e garantida sua eficácia para atuar no produto final. Os testes são realizados, em sua maior parte, por meio de gabaritos, desenvolvidos especificamente para cada situação. Neles, estão contemplados o hardware e os softwares envolvidos no produto eletrônico. Os gabaritos, geralmente, são elaborados pelo próprio desenvolvedor do produto ou empresas especializadas.

Cada produto possui necessidades específicas de testes para placas eletrônicas. Por isso, é importante ter conhecimento pleno sobre a função de cada um deles e escolher a maneira certa. Listamos, a seguir, algumas técnicas utilizadas para realização dos testes funcionais:

 

1. Boundary Scan  

É uma maneira de testar interconectores em placas de circuito impresso ou sub-blocos dentro de um circuito integrado. O boundary scan também é utilizado como um método de depuração para observar estados de pinos de circuito integrado, medir tensão ou analisar sub-blocos.

Segundo o artigo “INTERCONNECT TESTING WITH BOUNDARY SCAN”, a técnica pode simplificar processos, reduzir a necessidade do uso de equipamentos mais complexos, como sondas e, com isso, baratear custos sem perda de qualidade.

 

2. Teste funcional  

É usado quando liga-se a placa em um produto similar ao final para verificar a eficácia de funcionamento e suas funcionalidades. Essa técnica é importante, pois nesse momento podem aparecer eventuais erros que só seriam percebidos com o produto já fechado. Quando há um protótipo de testes, pode-se interferir antes da peça pronta.

 

3. Teste elétrico com cama de pregos

Por meio de um gabarito contendo agulhas, são feitas medições em pontos específicos da placa eletrônica. Para realização desse teste, é necessário que a empresa conte com equipamentos específicos para placas eletrônicas, ou que haja o desenvolvimento de um hardware específico para a função. Há também a possibilidade de fazer pequenas medições com equipamentos tradicionais como multímetros e osciloscópio.

 

Vantagens de realizar testes para placas eletrônicas

Agora que já falamos sobre os riscos e tipos de testes para placas eletrônicas, é relevante apontar as vantagens. Afinal, incluir uma etapa de testes com máxima precisão, bons equipamentos e equipe capacitada traz um custo adicional. Se a empresa possuir um setor de reparos que vise encontrar as causas, esse preço pode ser ainda mais alto.

Porém, o que observamos é que os custos relacionados aos testes para placas eletrônicas jamais superam os benefícios. São eles:

Evita gastos referentes à garantia do produto

É incomparavelmente mais barato para uma empresa afinar processos e estabelecer boas rotinas de testes para placas eletrônicas do que arcar com as despesas da assistência técnica de um produto. Além de precisar buscar as causas e consertar o defeito, em alguns casos, há toda a logística de resgate da peça e retorno à fábrica.

Credibilidade

Uma pessoa que teve graves problemas com um produto e precisou levá-lo para o fabricante, dificilmente voltará a comprar do mesmo fornecedor. É lógico que há alguns erros que não podem ser evitados e, nesse caso, o foco deve ser no bom atendimento ao problema em questão. Porém, quanto mais uma empresa de eletroeletrônicos puder evitar consertos nos primeiros meses de uso, melhor para a credibilidade.

 

Como implantar uma boa rotina de testes para placas eletrônicas?

O primeiro passo é verificar se o processo de montagem está bem estruturado. Como dissemos no começo do texto, a conformidade é altamente dependente da criação de padrões. Uma das maneiras mais eficazes de criar esses procedimentos é por meio da folha de processos. No documento, constam todas as informações necessárias para a montagem da placa, evitando que erros sejam cometidos por falhas de comunicação.

Na escolha da rotina de testes em si, observe qual é a melhor estratégia e escolha a que se encaixa na realidade em questão. É evidente que quanto mais testes forem feitos, melhor. Mas será que isso é viável financeiramente? A estrutura da fábrica comporta? O prazo para entrega permite esse grau de verificação? A natureza do produto exige?


Responder essas e outras questões é fundamental para realizar um bom trabalho. Caso queira saber mais sobre os tipos específicos de testes para placas eletrônicas e como a Produza pode ajudar, entre em contato!

0 respostas

Deixe uma resposta

Quer participar da discussão?
Fique à vontade para contribuir!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *