A compra de componentes eletrônicos é um dos processos mais importantes para as empresas do setor, uma vez que isso pode impactar na qualidade do produto final e na satisfação dos clientes. Por isso a importância de manter a excelência em todas as etapas da linha de produção, sendo a primeira a aquisição de componentes.
Se a sua indústria já está terceirizando essa etapa ou ainda pretende optar pelo outsourcing, saiba que é fundamental contar com parceiros com competência para não apenas encontrar bons preços e comprar itens dentro do prazo esperado, como também para realizar boas escolhas e tomar os cuidados necessários para que o componente esteja apto para uso.
Neste artigo, veja o que uma empresa especializada na montagem de placas e produtos eletrônicos deve fazer para garantir a compra e a disponibilidade de componentes eletrônicos em conformidade.
Entenda cada processo de montagem de placas eletrônicas e veja se a terceirização pode ser vantajoso para o seu negócio:
Na hora de contratar uma CM (Contract Manufacturer) para terceirizar total ou parcialmente a sua produção, é preciso observar se a empresa possui certas características consideradas indispensáveis, isto é, que indicam confiabilidade e competência.
Uma montadora de placas eletrônicas deve dispor de tecnologias avançadas — em consonância com a inovação e a transformação digital em andamento na indústria —, conhecimento e experiência — tanto de mercado, quanto na produção eletrônica — e oferecer suporte adequado, de forma a proporcionar um relacionamento próximo e colaborativo.
Se a sua CM conta com todos esses atributos, ótimo, mas vá além. Para garantir a excelência na compra de componentes eletrônicos, verifique se o parceiro atende aos seguintes pontos:
As CMs que priorizam a compra de componentes rastreáveis demonstram o quanto estão comprometidas com a inovação e a qualidade. Isso porque ao obter informações como tipo, origem e destino de um item, é possível planejar a produção com mais precisão, remanejar tarefas para priorizar determinado projeto e, assim, gerenciar melhor os imprevistos.
Lembre-se de que o tempo é fator imprescindível para o seu negócio. Se o lançamento de um novo produto atrasar, isso pode resultar em prejuízos aos seus cofres e à credibilidade da sua empresa no mercado. A rastreabilidade proporciona maior visibilidade e controle, contribuindo para minimizar perdas e eventuais recalls.
Um item obsoleto pode continuar sendo utilizado, porém, não está mais disponível no fabricante original com a especificação original. Quando necessário, sua empresa pode enfrentar dificuldades para repô-lo ou substituí-lo, simplesmente porque não o encontra no mercado. Sem esquecer de mencionar o valor, que poderá ser mais elevado.
A obsolescência de componentes ocorre com frequência, mas é possível evitar ser pego de surpresa. A CM deve acompanhar as atualizações do site dos distribuidores, que informam quais materiais e insumos estão fora de linha. Os itens obsoletos são sinalizados como EOL — sigla, em inglês, para end-of-life. Além disso, verifique se a empresa parceira utiliza tecnologia SMT na montagem de placas, pois a THT está se tornando ultrapassada em alguns casos.
É importante que a CM possua ferramentas adequadas para controle e busca de componentes obsoletos, de modo que possa estar sempre atualizada em relação à obsolescência dos componentes. Ou se for o caso, que esta possa buscar alternativas de componentes.
Existem diferentes embalagens e é preciso considerar não apenas o componente, mas também o tipo de serviço para escolher, no momento da compra, a embalagem mais adequada. Uma má escolha pode aumentar os custos, impactar no tempo da montagem e limitar a eficiência operacional.
O rolo fechado, por exemplo, é uma ótima opção para alimentação automática, mas tem um limite mínimo de quantidade de compra elevado, o que não é interessante para produção em pequena escala.
A CM também deve observar as condições de armazenamento e manipulação de cada componente, como umidade e temperatura. O estoque deve contar com uma estrutura que garanta a integridade física de cada item, para que assim a perda de lotes inteiros de componentes possa ser evitada.
Sua empresa possui demandas de produção em pequena escala? Então a terceirização pode ser uma estratégia a ser adotada. Saiba mais:
A entrega de um produto final, em conformidade com o projeto original, depende da observância de certos pontos na compra de componentes eletrônicos. Nessa etapa, contar com um parceiro que tenha um bom relacionamento com fornecedores torna todo esse processo mais fácil e vantajoso financeiramente.
Como vimos, uma montadora especializada deve, ainda, checar a lista de compras do cliente para avaliar a qualidade e obsolescência dos componentes, bem como executar um eficaz planejamento de pedidos para que os itens necessários cheguem no prazo. Manter um estoque também é um diferencial, o que possibilita ao cliente a compra de pequenos lotes.
Mas existem outros recursos e práticas que uma CM deve oferecer para atestar sua autoridade na montagem de placas e produtos eletrônicos. Saiba quais:
Obter certificações de qualidade é importante não só para competir no mercado, como também para garantir a entrega de produtos de alta qualidade. Existem várias certificações, entre elas a ISO 9001, a mais reconhecida no mundo e que pode ser obtida por empresas de todos os setores. A norma orienta a implementação de um Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) e, quando obtida, atesta que a organização adota processos de alto nível e que é capaz de atender aos requisitos do cliente.
Outras certificações relevantes são:
Outras normas mais específicas e, portanto, obrigatórias para organizações que atuam nessas áreas, são a ISO 13485 — que possui pré-requisitos para empresas que trabalham com dispositivos médicos (DMs) — e a Marcação CE. Ambas são exigidas para comercialização desses produtos em países europeus.
Sua CM deve tomar medidas para proteger a saúde da população e a qualidade ambiental. Trata-se, afinal, de assumir uma responsabilidade com o planeta, pois o volume de lixo eletrônico está crescendo: o mundo gera mais de 50 milhões de toneladas por ano.
O Brasil sancionou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2010, que norteia a elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e de sistemas de logística reversa que devem ser implantados pelas empresas do setor eletrônico.
A economia circular é outro conceito que CMs engajadas com a sustentabilidade devem fomentar. Nesse modelo econômico, o descarte não é o estágio final da vida útil de um produto. Reparo, reutilização, remanufatura e reciclagem são outras possibilidades. O objetivo é encontrar outros destinos para esses produtos e também para suas sobras.
A obtenção da ISO 14001, que orienta a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), também indica compromisso com o tema.
O sistema de rastreabilidade pode ser utilizado em todas as etapas de produção. Assim, é possível monitorar, controlar e registrar as movimentações de um item a fim de evitar a ocorrência de falhas e a entrega de produtos defeituosos.
A inspeção AOI (Automatic Optical Inspection), por exemplo, permite a detecção automática de uma placa eletrônica que apresenta problemas.
Existem outros dois importantes controles da qualidade: a norma IPC/JEDEC J-STD-033 – Manuseio, Embalagem, Transporte e Uso de Componentes Sensíveis à Umidade (SMD), é norma adotada para o controle correto dos componentes, seja de umidade, manuseio, armazenamento e transporte. Tratando-se de descarga eletrostática, é utilizada a norma ANSI/ESD S20.20 – Controle de Descarga Eletrostática, que se refere à descargas em toda a fábrica, como piso, vestimenta, luvas, mantas, pulseiras, sacos antiestáticos e entre outros.
A Produza, por exemplo, adotamos ambas as normas internamente, tanto para controle correto dos componentes que entram na fábrica, quanto para o controle de descargas eletrostáticas que possam ocorrer. Adicionalmente, possuímos infraestrutura e equipamentos adequados para controle de descarga eletrostática.
Uma boa fábrica de placas eletrônicas deve ter uma estrutura capaz de atender diferentes demandas e tipos de serviço. Um layout fabril customizável é, por isso, de grande valia, devendo ser flexível e funcional a ponto de não exigir grandes desafios na hora de ser configurado. Essa é uma estratégia para facilitar a montagem de um produto e aumentar a produtividade.
Verifique, então, quais layouts da fábrica a CM possui. O modelo linear favorece a produção em larga escala e de baixa variedade de produtos, o funcional é ideal para produção em lotes, o celular combina os tipos anteriores e o posicional é indicado para a montagem de itens muito grandes, que não podem ser facilmente movimentados, como aeronaves e navios.
Na Produza nós trabalhamos com o modelo de contrato turn key e atuamos em todas as etapas da linha de produção, incluindo a compra de componentes eletrônicos e insumos. Nossos fornecedores são homologados e diversificados, e estamos prontos para garantir a disponibilidade de itens mesmo em um cenário de crise.
Dispomos de layout fabril personalizável, atendemos à certificações de qualidade, como a ISO 9001 e a ISO 13485 e, aplicamos rigorosos padrões de controle de temperatura, umidade e ESD para assegurar a qualidade final da montagem.
Conheça nossos modelos de contrato e veja como terceirizar sua montagem de placas conosco:
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