A demanda por equipamentos eletrônicos ganhou ainda mais impulso durante a pandemia. Somente no Brasil, a venda online de eletrônicos aumentou em 600% e, em 2022, a expectativa é que a receita global do segmento alcance 755 milhões de dólares. Assim, para atender essa demanda, as indústrias devem encontrar maneiras de produzir mais gastando menos e sem perder a excelência na confecção de placas eletrônicas.
Implantar processos para garantir a qualidade da PCB é a melhor estratégia para evitar a queima da placa, problema que compromete o desempenho e a durabilidade do produto final.
Neste post, saiba quais as principais causas de queima de placas eletrônicas e os cuidados que os fornecedores devem tomar na hora de montá-las.
A terceirização da produção eletrônica pode ser uma alternativa vantajosa para sua empresa. Verifique:
A manutenção preventiva de máquinas e equipamentos eletrônicos é essencial, apesar de nem todos os usuários finais a praticarem. Mas se um maquinário industrial apresentar algum defeito, toda uma linha de produção pode ser interrompida e causar diversos prejuízos ao fabricante.
Um dos problemas mais comuns é a queima da placa eletrônica, algo que tem diversas origens. Vamos entender cada uma delas a seguir.
Quando o equipamento não possui ventilação suficiente, é possível que a placa queime, já que o calor sobrecarrega o seu trabalho. Por isso, é fundamental planejar a alocação da PCB, estabelecer limpezas periódicas nas entradas e saídas de ar do equipamento, verificar e limpar os pontos onde há ventilação forçada.
Em alguns ambientes é comum a presença de poeira ferrosa e estas podem impregnar em placas eletrônicas, causando curto circuitos ou falhas no funcionamento de um dispositivo. A alternativa, nesses casos, é vedar o local onde está a placa, inserir filtros nos pontos de ventilação forçada e praticar limpeza periódica.
A umidade também deve ser considerada quando o assunto é placa eletrônica. Os componentes possuem especificidades de armazenamento e de uso que devem ser observadas para garantir a vida útil do dispositivo. Um componente submetido a condições inadequadas irá, certamente, apresentar falhas ou deixar de funcionar. Nesses casos, é essencial que a CM siga as normas IPC para controle desses processos.
Os ruídos de rede podem resultar em paradas de máquinas, já que têm potencial para atingir a alimentação do controle, originando reset de forma intermitente. Em muitos casos, o equipamento nem consegue reiniciar o processo quando os ruídos e harmônicos de rede acontecem.
Quando uma vibração de alta intensidade ocorre, as placas eletrônicas são impactadas fisicamente. Os conectores e soquetes podem apresentar mau contato, as PCBs e as soldas sofrem rachaduras e os componentes são queimados.
Para evitar todas essas situações é preciso estabelecer rotinas de limpeza e manutenção preventivas, de preferência realizadas por especialistas.
Toda empresa fornecedora de placas eletrônicas deve ter um programa de garantia de qualidade, algo bem diferente de controle de qualidade. Enquanto a última é focada na testagem do produto final, a garantia de qualidade se refere a controles aplicados a todas as etapas da linha de produção.
Ao projetar e montar suas placas eletrônicas, cinco processos de garantia de qualidade devem ser atendidos. Para garantir a execução desses processos, as CMs devem possuir certificações de qualidade, como ISO 9001 e 13458. Se você planeja terceirizar sua produção, esteja certo de que o fabricante também pratique os seguintes processos ou estratégias antes de fechar a parceria.
Pensando em terceirizar sua produção? Veja o que você precisa saber:
Toda montadora de PCB deve contar com uma pessoa habilitada em engenharia no local da produção. Ao não contar com esse profissional, você aumenta os riscos de cometer erros em etapas da linha de produção.
A pessoa engenheira está por trás do seu produto, é ciente de todo o processo de montagem e, por isso, não só agrega valor ao processo, como contribui estrategicamente para a otimização dos projetos.
Uma das vantagens de contar com engenheiros in loco é a possibilidade de identificar problemas em projetos antes de iniciá-los. Quando bem capacitada, essa pessoa pode ajudar sua empresa a montar um placa eletrônica de excelência e em total conformidade com suas especificações.
Caso esteja buscando um parceiro para produzir suas PCBs, não hesite em averiguar se há engenheiros bem treinados na equipe e quais suas certificações.
O gerenciamento de riscos é um dos processos mais importantes para a otimização de recursos. Os dados obtidos na avaliação de riscos ajudam a identificar potenciais problemas ou incongruências na produção de uma PCB, o que contribui para a redução de custos, já que não será necessário investir em ações corretivas.
Um sistema de gerenciamento de risco eficiente também é decisivo para o cumprimento de prazos, pois ajuda a evitar a multiplicação de problemas antes deles iniciarem. Assim, o fornecedor é capaz de informar o cliente sobre as possibilidades de risco para que datas cruciais não sejam perdidas.
Como avaliar se um gerenciamento de risco é eficiente?
O fabricante deve garantir ao cliente que irá obter todos os componentes necessários para a montagem da placa eletrônica solicitada antes mesmo de aceitar o projeto. Se isso não acontecer, não há como saber se o pedido será concluído no cronograma desejado.
Quando uma empresa tem poucos clientes, fica mais fácil atender os pedidos e entregar produtos de qualidade. No entanto, quando os negócios começam a prosperar e a organização expande sua atuação, fica mais difícil atender a nova demanda e é mais fácil cometer erros.
Por isso, grandes fabricantes de placas e componentes eletrônicos devem aplicar o teste AQL — ou teste de limite de qualidade aceitável.
Quando o fabricante começa a acelerar o projeto para atender os prazos, a probabilidade de defeitos e problemas de qualidade ocorrem se torna maior. Assim, a aplicação do teste, a apenas uma parte de um lote, pode determinar sua qualidade. O AQL testa amostras e busca pelo limite de qualidade pré-definido, que em seguida deve ser apresentado aos clientes para homologação do lote.
Aliás, cliente e fabricante devem estabelecer o limite para o controle e garantia de qualidade antes de firmar a parceria. Isso envolve especificar os valores AQL para que, mais tarde, não haja divergências.
A aprovação do primeiro PCB deve ser acordada entre cliente e fabricante antes da entrega do produto final. O teste AQL também é acordado entre as partes, mas é assumido pela montadora.
Após a primeira PCB ser fabricada, o fabricante deve inspecioná-la para verificar se o processo de montagem está funcionando como o esperado.
Quando é aprovado o primeiro PCB, a montadora deve então analisar a eficiência da produção para que essa mesma qualidade seja reproduzida nas demais unidades, evitando, assim, a ocorrência de defeitos.
Portanto, os interessados em terceirizar a produção eletrônica devem verificar se o fabricante possui a aprovação do primeiro PCB ou propor sua adição ao processo caso não esteja presente.
Marcação CE, ISO 9001 e 13 485, RDC 665 e Certificação de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) são algumas das certificações que fabricantes de placas eletrônicas precisam ter para exportar produtos da área médica. Isso revela capacidade de produzir produtos de qualidade e em compliance com normas internacionais importantes. Muitas delas são necessárias para a exportação.
Uma montadora com certificações importantes para o setor que atua também comunica ao mercado que conta com profissionais altamente qualificados e aptos a atuar e aplicar processos em consonância com órgãos certificadores.
Adquirir uma certificação não é uma tarefa simples, e exige um esforço e investimento da empresa, o que mostra a sua intenção de entregar o melhor produto.
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