No ambiente da manufatura, os indicadores de produtividade industrial (KPIs) são as ferramentas ideais para mensurar, de forma contínua, se as rotinas e os processos fabris estão cumprindo as metas estratégicas do negócio.
Acompanhar essas métricas é fundamental para garantir uma boa performance da produção na indústria e o controle de qualidade das entregas.
Por meio de variáveis que envolvem cálculos para medir a qualidade da força de trabalho e o seu impacto na produtividade, é possível identificar o desempenho e a eficiência das operações da fábrica, da área administrativa, das equipes e da produção.
Tudo isso com base em dados que atuam por meio do mapeamento de informações de todas as áreas de trabalho de uma indústria, permitindo às empresas pautarem a tomada de decisão estratégica para uma gestão mais competitiva de mercado.
Além disso, eles são essenciais para compreender processos e viabilizar ações de manutenção da produtividade que impactam em produtos mais rentáveis, redução de custos e na otimização do ambiente fabril, permitindo a ampliação da carga produtiva.
Conheça neste artigo quais são os principais KPIs voltados para a produtividade na indústria, como eles atuam no contexto interno e externo da manufatura e por que sua aplicação é imprescindível para acompanhar a performance de cada área da empresa.
São ferramentas que envolvem variáveis com objetivo de orientar, de forma comparativa, os cenários previsíveis e ideais para aperfeiçoar o controle dos processos da produção.
Esses indicadores atuam em duas frentes:
Ambas frentes de atuação desses indicadores de produtividade industrial estão diretamente ligadas ao uso dos recursos materiais da empresa, como máquinas e matérias-primas, bem como dos recursos humanos, envolvendo equipes completas ou o desempenho individual dos trabalhadores.
Eles também são capazes de mensurar os gastos e investimentos em áreas específicas, com o objetivo de aumentar a produção sem afetar a qualidade das entregas.
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Ou seja, os KPIs de produtividade industrial mapeiam e medem o desempenho de tempo e performance das rotinas, dos times e da própria empresa de forma a contribuir para que as metas e os níveis de qualidade sejam atingidos no ambiente fabril, gerando dados e informações estratégicas para o bom funcionamento da manufatura.
Acompanhar os principais KPIs dentro do ambiente da indústria permite nortear os fluxos de trabalho. Na elaboração e aplicação desses indicadores, para que eles atuem de forma estratégica, é importante que as características dessas métricas estejam alinhadas ao segmento em que a empresa atua e às exigências que cada mercado tem de específico.
Essa premissa é fundamental para que a empresa se posicione de forma competitiva e coerente com as necessidades dos seus consumidores.
Além de mensurar os níveis de desempenho da linha fabril, por meio das informações resultantes das métricas, aplicar e acompanhar os KPIs gera diferentes benefícios às indústrias:
Eles também possibilitam encontrar espaços de melhoria contínua na promoção de ações de prevenção da segurança e de manutenção de equipamentos destinados a elevar os parâmetros do controle de qualidade industrial e da motivação das equipes.
Outro benefício envolve o balizamento da tomada de decisões para expansão das atividades e ajustes no volume de produção.
No processo de implementação dessas métricas dentro do contexto industrial é essencial que todas as áreas estejam alinhadas, desde os procedimentos administrativos até a linha de fabricação e montagem.
Esse processo de interligação entre as áreas pode ocorrer a partir de sistemas integrados de gestão, que atuam por meio de bancos de dados, relatórios contínuos e séries históricas como repositórios para constituição dos KPIs.
Cada indústria e seu mercado de atuação necessita de indicadores de produtividade específicos que envolvem as especificidades de cada segmento, suas operações, fluxos internos e externos, e, principalmente, os objetivos estratégicos do negócio.
Isso significa que cada empresa precisa trabalhar com KPIs mais relevantes estrategicamente para a organização ou, até mesmo, desenvolver suas métricas próprias.
Listamos abaixo os principais indicadores destinados à indústria de forma geral. Confira!
Para medir a qualidade da força de trabalho e o seu impacto na produtividade, o OLE, ou Eficácia Total do Trabalho, avalia a disponibilidade de trabalho dos colaboradores durante o expediente, o tempo gasto por cada um nesse desempenho e a qualidade da entrega de trabalho pelos funcionários.
O resultado desse KPI é alcançado com a multiplicação dessas três variáveis: disponibilidade, produtividade e qualidade.
O OEE, ou Eficiência Total dos Equipamentos, mensura a eficiência dos equipamentos envolvidos no processo produtivo por meio das variáveis de qualidade de desempenho das máquinas, da disponibilidade em que elas produzem e do tempo (produtividade) dedicado por cada uma à produção.
Para que haja boa performance na multiplicação desses fatores, a qualidade precisa ser maior ou igual a 99.9%, a disponibilidade maior ou igual a 90% e a produtividade precisa ser maior ou igual a 95%.
Para saber se os equipamentos estão quebrando muito, se há desgaste avançado ou se é preciso renovar o maquinário, o Tempo Médio Entre Falhas é um indicador de produtividade industrial que pode atuar na prevenção de interrupções da produção e revelar processos falhos que devem ser revisados.
Ele é medido pelo tempo total de funcionamento da máquina sem interrupções, dividido pelo número de falhas ocorridas nesse intervalo.
Essa é a média de tempo entre a falha de um equipamento, máquina, componente ou sistema e o período para a conclusão do reparo. Com essa métrica, é possível entender o tempo de resposta das equipes de manutenção, ou seja, ela mensura a probabilidade de uma manutenção ocorrer dentro do prazo estipulado pelas equipes.
O cálculo envolve a soma do tempo de reparo pelo número de intervenções realizadas.
Dedicado a medir a eficiência das entregas, esse KPI mostra se a produção é capaz de entregar os produtos em conformidade com o pedido do cliente (In full) e dentro do prazo previamente estabelecido em contrato (On time).
Essa métrica é especialmente importante a partir da consolidação do e-commerce. O resultado envolve a multiplicação do percentual On time pelas entregas In full.
A intenção desse indicador é medir a produtividade de cada trabalhador por hora. É possível ser aplicado na operação, na área administrativa ou de gestão.
O resultado pode ser comparado entre turnos e individualmente, ou com a produtividade geral do mercado, o que permite entender se a empresa se mantém competitiva no segmento. O resultado é encontrado a partir da divisão do total de peças produzidas pelo total de horas trabalhadas.
Baliza decisões em relação a novas aquisições de maquinário ao verificar se há gastos com interrupções frequentes por conta de falhas ou se o investimento feito em equipamentos foi desnecessário.
Se o indicador de inatividade for elevado em decorrência de falhas recorrentes, uma opção é a aquisição de um novo equipamento. Por outro lado, se a métrica é alta em decorrência de máquinas desligadas pela baixa produção, então é possível planejar a venda ou a troca por outros modelos mais úteis e rentáveis.
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