Gestão da inovação na indústria: processos ambientais contribuem para a inovação
Entende-se por gestão da inovação a estruturação de um processo de inovação desde o começo até o final. Segundo o livro “Gestão da inovação”, dos autores Hélio Gomes de Carvalho, Dálcio Roberto dos Reis e Márcia Beatriz Cavalcante, a abrangência da inovação engloba três âmbitos:
Para a própria empresa — Quando as mudanças adotadas têm impacto dentro da própria organização. A mudança vale tanto para introduzir um processo novo, um método de marketing ou uma técnica de gestão pela primeira vez na própria empresa. Não necessariamente precisa ser algo novo, nunca implantado em outros locais, mas sim representar inovação para a própria empresa.
Para o mercado — Nesse caso, a inovação precisa ser novidade para o mercado no qual a empresa está inserida, mas não ser novidade em outros mercados.
Para o mundo — É o caso de soluções totalmente inéditas, nunca vistas em nenhum outro local e que mudam a lógica de produtos ou serviços. São mais raras e em geral têm maior conteúdo tecnológico.
Ter em mente essas diferenças é fundamental como ponto de partida, pois a inovação nem sempre precisa ser do terceiro tipo. É comum que varie entre o primeiro e o segundo, muitas vezes inovando internamente.
Gestão da inovação e meio ambiente
Um dos fatores que contribuem diretamente para o crescimento da indústria de eletroeletrônicos e para a gestão de inovação do mercado é o constante avanço tecnológico nesta área. Seja por meio de soluções e processos internos ou de serviços e produtos oferecidos, os operadores tecnológicos têm acelerado o crescimento das empresas e impulsionado o setor criativo. Com alto poder de repercussão, as dúvidas e respostas derivadas deste panorama estão recriando necessidades tanto para a sociedade quanto para a indústria.
Ao longo das evoluções e revoluções que estão acontecendo, muitas mudanças acabaram causando impactos ambientais. Por isso, cada vez mais um questionamento vem se tornando inevitável para as indústrias: com tanto dinamismo e novidades, o que fazer com os produtos que se tornam obsoletos e com os resíduos de produção?
Para evitar que a resposta para a pergunta venha em forma de danos ambientais, os governos têm se posicionado cada vez mais por meio de leis, regulamentações e diretrizes ambientais. É aí que a gestão de inovação entra para transformar uma obrigação em um diferencial competitivo.
A necessidade de se adaptar a uma nova regulamentação ambiental pode ser uma oportunidade para a gestão de inovação criar ou adotar um novo processo ou desenvolver uma solução com novos elementos e, consequentemente, adquirir uma vantagem competitiva para o produto ou serviço. As empresas ganham em inovações sociais, organizacionais, econômicas e tecnológicas. Cooperar com a sociedade e o meio ambiente é, na mesma proporção, colaborar com o crescimento da própria empresa e da economia nacional. A oferta acordada com a legislação em vigor ganha ainda em valor agregado e valoriza os fornecedores.
Lead free
O impacto da lei europeia de restrição de substâncias, a RoHS, é um exemplo de legislação que impulsionou soluções a partir da gestão de inovação. A partir da proibição do uso de chumbo, muito usado na solda de placas eletrônicas, o mercado passou a adotar o processo de solda livre de chumbo, o Lead Free. Com isso, as indústrias eliminaram um elemento nocivo e, ao mesmo tempo, promoveram a redução de lixo eletrônico, o e-lixo.
Além disso, o alcance da RoHS tem superado o território da União Européia, pois afora o estímulo para a criação de regulamentações e diretrizes por outras nações, os fabricantes dos demais países que desejam entrar ou permanecer importando devem se adequar às novas condições.
O processo de produção está alinhado ao ISO 14.000, norma que estabelece diretrizes sobre o desenvolvimento de produtos e processos que causam menor impacto ambiental. Empresas que exportem produtos para países pertencentes à União Europeia ou aos Estados Unidos devem, obrigatoriamente, usar placas Lead Free.
Gestão ambiental
A reciclagem corporativa vem se apresentado como um dos principais caminhos da gestão da inovação para a promoção de uma gestão ambiental. Assim, os gestores e a empresa conseguem visualizar os pontos em que podem contribuir com a redução do impacto ambiental por meio do desenvolvimento de atividade inovadoras e da inclusão de processos ecologicamente corretos.
Uma nova cultura em prol do meio ambiente necessita de um planejamento de ação, condições de aplicação, monitoramento periódico e atualização constante. Com essa sequência de medidas, os produtos passam a apresentar mais qualidade e o diferencial de respeitar o meio ambiente.
Parcerias sustentáveis
As parcerias sustentáveis podem ser benéficas do ponto de vista da imagem empresarial. Cada vez mais, parceiros e clientes finais se preocupam em fazer escolhas mais sustentáveis e priorizam relações comerciais com quem pensa mesmo. No que diz respeito especificamente a placas eletrônicas, pergunte para a CM quais práticas são adotadas, como é feito o descarte de resíduos e o que pensam sobre a gestão ambiental.
Para saber mais sobre a sustentabilidade na indústria eletroeletrônica e as políticas para os Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos, basta acessar ao material “Sustentabilidade na indústria eletroeletrônica: um panorama nacional”. Anteriormente, tratamos também sobre a RoHS (Restrição de Determinadas Substâncias Perigosas, em português) e os principais motivos para selecionar um fornecedor que trabalhe com Lead Free na montagem de placas.
A sua empresa possui ações de gestão da inovação voltadas para os processos ambientais? Caso tenha interesse em conversar sobre o assunto ou saber como a Produza realiza a gestão ambiental de seus processos e resíduos, entre em contato.
Publicado originalmente em 29/06/2015. Atualizado em 12/03/2019.
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