Logística no transporte de componentes eletrônicos
A logística no transporte de componentes eletrônicos no Brasil enfrenta dificuldades similares a outros setores. Segundo esta reportagem da revista Veja, um “estudo realizado pela Fundação Dom Cabral mostra que as companhias gastaram, em média, 12,37% do seu faturamento bruto com custos logísticos no Brasil nos últimos três anos. Ou seja, tiveram de desembolsar 15,5 bilhões de reais a mais de 2015 para cá, quando o porcentual era de 11,73%.” Isso demonstra quão importante é a otimização do transporte quando se trata de redução de custos.
Diariamente empresas buscam formas de enxugar processos e economizar recursos. Porém, nem todas percebem que a eficiência logística deve ser um dos primeiros itens a se analisar quando o objetivo é a redução de custos. É claro que a logística vai além do transporte de insumos e mercadorias. Todos os processos que envolvem o armazenamento e gestão também estão incluídos. Neste post, nos concentrarmos nas questões que envolvem transporte de componentes eletrônicos, já que esses custos geralmente são os mais altos dentro da cadeia logística.
Como o custo com transporte de componentes eletrônicos impacta a indústria?
Diariamente, é possível perceber o impacto do transporte de insumos nos resultados da indústria. Alguns componentes eletrônicos (principalmente os usados na montagem de placas) exigem perícia, conhecimento e cuidados especiais dos profissionais envolvidos no transporte. É por isso que o ideal é que a empresa possua um profissional ou equipe especializados na compra de componentes eletrônicos. Essa recomendação ocorre por conta das especificidades que há nesse tipo de produto, tanto no que diz respeito aos fornecedores quanto a outros aspectos como controle de temperatura/umidade e obsolescência, entre outros.
Feito isso, os aspectos relacionados ao transporte de componentes eletrônicos em si também possui especificidades. Por isso, é fundamental levar em conta os seguintes pontos:
Comunicação
A padronização de processos relacionados à comunicação de todos os indivíduos participantes de uma cadeia de produção é muito discutida por nós aqui no blog. Quanto mais padronizados e claros para todos são os processos, menores as chances de haver alguma falha de comunicação e um problema de entendimento do que precisa ser feito. É por isso que a equipe responsável pelo deslocamento precisa atuar integrada com os demais agentes da cadeia de suprimentos. Isso significa que a informação gerada no planejamento e análise do transporte precisa chegar até os responsáveis pela entrega dos componentes na fábrica, e mais do que isso, deve ser visualizada por todos.
Além das metodologias tradicionais de planejamento, hoje já existem diversos softwares capazes de monitorar e gerenciar a eficácia do transporte e melhoram a comunicação entre todos os agentes da cadeia.
Prazos
O conhecimento dessas informações acerca do transporte de componentes eletrônicos é essencial porque todas as operações devem levar em conta os prazos de entrega negociados e o planejamento de produção da empresa. Se isso não acontece — e não há nenhum tipo de plano B — a produção pode parar e gerar prejuízos enormes para a empresa. Além disso, o planejamento do transporte de componentes eletrônicos é quesito para a continuidade da produção, já que se uma peça não chega no momento planejado, pode comprometer um setor inteiro.
Um dos problemas mais comuns é o mau planejamento de algo conhecido pela indústria como lead time, que nada mais é do que o tempo que a mercadoria leva para chegar do fornecedor até o destino final. A pessoa que realiza esse planejamento, precisa saber que há diversos aspectos que influenciam no nesse prazo e podem colocar em risco toda a produção, são eles:
O fornecedor — que precisa ser confiável e cumprir com preços, prazos e padrões de qualidade.
A posição geográfica do fornecedor — muitas vezes o fornecedor é de qualidade, é honesto e costuma cumprir prazos. Mas imprevistos acontecem. Nesse caso a distância e o tipo de modal que será utilizado para o transporte influenciam diretamente na possibilidade de erro.
O dia de compra — especialmente em importações, a diferença de um dia pode significar vários dias a mais de espera. Isso porque alguns agentes de carga têm dia certo para o despache.
A Receita Federal — mesmo sendo inevitáveis, os contratempos com a Receita Federal precisam ser contabilizados no planejamento.
Custos
Algumas empresas fornecedoras de insumos para a indústria eletroeletrônica conseguem trabalhar com melhores custos que outras. No entanto, é preciso levar em conta a segurança e a eficácia desse custo mais baixo. Se for assegurada a qualidade do transporte e as condições ideais para que o produto chegue íntegro e em perfeitas condições, ótimo. Caso essa qualidade não seja assegurada é melhor arcar com o custo um pouco maior.
Para planejar o transporte de componentes eletrônicos, no caso da própria empresa precisa realizar essa gestão, deve-se levar em consideração custos fixos do modal utilizado (transporte aéreo, marítimo, ferroviário ou rodoviário) e custos variáveis (combustíveis, pedágios, impostos, etc). A escolha por um meio de transporte com valores de frete menores, mas com menor freqüência e maior tempo de viagem, pode resultar em um custo maior com os inventários. Otimizar o transporte de componentes eletrônicos não é uma tarefa tão fácil e pode exigir mais expertise do que a indústria possui.
Por que a terceirização total é uma boa opção para reduzir custos?
Como vimos até aqui, a logística no transporte de componentes eletrônicos envolve muitos detalhes, e saber como gerenciar cada um deles pode fazer uma diferença enorme nos custos logísticos. É por isso que muitas indústrias estão descobrindo os benefícios da terceirização total da montagem de placas eletrônicas. Nesse modalidade de contrato, a empresa montadora fica responsável também pela etapa de compra de insumos e consequentemente toda a logística que envolve o processo.
Pode parecer até contraditório, mas contratar uma empresa ao invés de internalizar esse serviço acaba saindo, muitas vezes, até mais barato. Além da dor de cabeça que a empresa se livra, é vantajoso terceirizar a logística do transporte por três motivos principais:
Expertise
Já falamos sobre a importância de conhecer nos mínimos detalhes todos os processos que envolvem a escolha de fornecedor e os imprevistos que podem ocorrer no caminho, certo? Em empresas especializadas, há equipes altamente capacitadas para garantir que tudo ocorra da melhor forma possível. Quando há expertise no transporte de componentes eletrônicos ou mesmo na compra deles, há a possibilidade de maximizar embarques, diminuir custos, otimizar o transporte e com isso assegurar o controle total da cadeia de abastecimento. Assim, a indústria pode focar na estratégia de produção e consegue se manter competitiva no mercado.
Poder de barganha
Um cliente que sempre compra grandes quantidade e possui clientes de todos os tipos consegue um poder de barganha diferenciado com os fornecedores. Além disso, os responsáveis pela compra de insumos para a indústria eletroeletrônica que trabalham somente com isso estão sempre atentos aos preços e variações do mercado, por isso sabem como negociar. Ter como parceiro uma empresa que tenha esse tipo de facilidade comercial pode diminuir muito os custos.
Produtos em estoque
Sabemos que comprar em grandes quantidades na maioria das vezes diminui custos, especialmente os relacionados ao transporte de componentes eletrônicos. Acontece que na montagem de protótipos ou pequenos lotes, por exemplo, não vale a pena comprar muitos itens. Para isso, empresas especializadas na montagem de placas possuem estoques disponíveis a preços que seriam mais acessíveis do que importar quantidades mínimas. Além disso, há a garantia de que o produto está em perfeitas condições, pois ficou armazenado adequadamente por pessoas capacitadas e especializadas.
Visto isso, fica claro que a logística no transporte de componentes eletrônicos, quando bem feita, faz a diferença no resultado final. Caso tenha alguma dúvida, entre em contato conosco!
Publicação originalmente publicada em 21/05/204. Atualizada em: 26/02/2019
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