Como montar placas eletrônicas: o exemplo da Produza

Saber como montar placas eletrônicas é uma vocação de empresas especializadas, como é o caso da Produza. Por se tratar de uma tarefa dinâmica, altamente precisa e que exige um grau de conhecimento específico, estar em constante aperfeiçoamento é uma necessidade que torna a tarefa ainda mais complexa.

Isso sem falar na compra de equipamentos para manter a linha de produção atualizada, treinamento de equipes e gestão de insumos. É por isso que muitas empresas têm optado por contratar a Produza ao invés de internalizar seus processos e praticar a autogestão da montagem. É mais simples, pode ser mais barato e, o mais importante, apresenta resultados mais eficazes.

A seguir, listamos 10 etapas que ilustram como montar placas eletrônicas com excelência. Isso não quer dizer que todos os projetos passarão pelas mesmas etapas. Pelo contrário, uma boa montagem depende da customização do serviço e da avaliação individual sobre as necessidades de cada projeto. No entanto, para atingir a excelência, é importante ter conhecimento sobre todas as possibilidades e só então realizar as melhores escolhas para a montagem do produto.

 

Como montar placas eletrônicas: 10 passos

 

1 . Planejamento

Tudo começa pelo planejamento, mas no caso de como montar placas eletrônicas, isso se torna ainda mais importante. É claro perceber que, uma vez montada, dificilmente uma placa pode ser reparada ou refeita. As chances de ocorrer algum erro no conserto que leve à necessidade de realizar a montagem do zero é muito grande. 

Por isso, uma das condutas mais importantes para a Produza é o alinhamento inicial com o cliente sobre todas as necessidades da placa. O objetivo é que o resultado final seja exatamente coerente com a expectativa e que não haja contratempos relacionados com a falha de comunicação.

 

2. Folha de processos

Ainda falando sobre comunicação, a folha de processos é um dos segredos principais sobre como montar placas eletrônicas sem erros. A partir desse alinhamento inicial, todas as instruções são passadas para esse documento que será o guia da montagem. 

Para dar certo, a folha de processos precisa ser padronizada e compreensível por todos os funcionários da equipe. A principal vantagem é a de blindar a linha de produção contra imprevistos, como a troca de um funcionário, por exemplo. Com uma folha de processos explícita, todas as instruções estão claras e a montagem é padronizada.

 

3. Recebimento de componentes

Até aqui, você viu que saber como montar placas eletrônicas não depende apenas do processo em si, certo? Essa é uma das etapas sobre as quais nem todos imaginam a relevância. No entanto, o recebimento de componentes incorretos (ou ineficazes) é capaz de gerar consequências graves no produto final, como a troca de componentes ou a colocação de peças em mau estado de conservação. 

Ao receber materiais, eles devem ser conferidos, contados, identificados e etiquetados, inseridos no sistema, inspecionados e, por fim, encaminhados para o estoque. Esse processo é a base para que, quando forem separados os kits para a montagem em si, nenhum erro ocorra e tudo saia como planejado.

 

4. Cadastro de componentes

Quando se sabe como montar placas eletrônicas com precisão, todos os itens passam pelo cadastro dos componentes. Nesse momento, os itens são separados com códigos (IPN). Esses códigos são gerados pelo setor de Engenharia, com auxílio do cliente (responsável pelo projeto).

Além de organização, isso impede a confusão entre componentes com características muito semelhantes. Se a identificação é feita de acordo com a característica, e não código, pode haver confusão e um resultado desastroso.

 

5. Programação das máquinas

Com os processos anteriores bem alinhados, a programação das máquinas torna-se uma tarefa simples e precisa. O funcionário só precisa conhecer bem o equipamento e saber como montar placas eletrônicas.

Outro ponto importante é certificar-se de que a calibração está correta e de que foram colocados os insumos necessários para a montagem, como os componentes em si ou fluidos para a aplicação de pasta de solda, por exemplo.

 

6. Inserção de componentes

Feitas todas as etapas prévias, é preciso saber como montar placas eletrônicas, de fato. É claro que quem fará esse trabalho são as máquinas. Os equipamentos de inserção automática de componentes SMD são extremamente rápidos e com uma precisão impressionante. No entanto, caso não estejam bem programados e guiados por um processo bem definido, essa eficiência de nada adianta.

A conferência e a inspeção das configurações de montagem podem ser feitas por um software offline. Ele disponibiliza dados e imagens que permitem a realização de análise de desempenho, dimensões, posicionamento e polaridades de componentes, posições e velocidades de coleta e inserção e demais características de montagem.

Desse modo, se algum erro está ocorrendo, como a falta de um componente, por exemplo, é possível identificá-lo e corrigi-lo imediatamente.

 

7. Aplicação da pasta de solda

A aplicação de pasta de solda é um processo muito sensível e a maior fonte de erros quando o assunto é como montar placas eletrônicas. É nesse momento que a PCI é inserida no equipamento e os pads que devem receber pasta de solda “casam” com as aberturas de uma chapa metálica chamada estêncil. Uma pasta mal aplicada certamente significa um produto com maiores chances de inconsistência. 

Alguns cuidados são fundamentais. Entre eles, um estêncil de boa qualidade, PCI bem apoiada, pasta de solda dentro da validade e em boas condições de homogeneização e limpeza dos equipamentos.

 

8. Forno de refusão

A aplicação da pasta de solda faz com que os componentes fiquem fixados, mas não soldados na placa. Somente altas temperaturas de um forno de refusão fazem essa inserção de componentes tornar-se definitiva. 

Cada placa precisa da definição de um perfil térmico, ou seja, uma configuração envolvendo as características do produto, temperatura e tempo. Esse perfil é desenvolvido por meio de um equipamento chamado de traçador de perfil térmico.

 

9. Inspeção por raio-x

A placa foi montada respeitando todos os cuidados necessários, mas como saber se ela realmente está correta? A inspeção por raio-x é uma forma eficaz de encontrar erros (mesmo os invisíveis aos olhos humanos). Esse processo nem sempre é necessário, já que na maior parte das vezes os testes tradicionais bastam. No entanto, ter esse recurso disponível agrega valor quando o assunto são produtos que exigem máxima precisão.

A inspeção por raio-x é capaz de identificar inconsistências como:

  • Volume de solda –  como já mencionamos, o excesso de solda por comprometer o funcionamento da placa. Caso seja esse o problema, o raio-x é capaz de identificar.
  • Vazios nos balls –  Conhecidos como “voids“, estes vazios podem ser tolerados em pequenas quantidades, mas se estiverem acima do limite, devem ser identificados na inspeção de placas por raio-x e consertados.
  • Curtos-circuitos – Também podem ser identificados pelo raio-x e ocorrem principalmente por junções indevidas entre balls. 

 

10. Gravação a laser

A gravação a laser é uma etapa que garante a rastreabilidade das placas eletrônicas. Todo produto precisa ser identificado, em todas as fases do processo produtivo, antes de ser enviado para o cliente. Quando não há gravação a laser, essa identificação é feita com etiquetas comuns. O problema é que, com o tempo, elas podem se soltar ou perder a tinta a ponto de ficar ilegíveis.

Com a gravação a laser, ficam gravados permanentemente na placa dados como:

  • Data de produção;
  • Nome da montadora,
  • Cliente e produto;
  • Ordem de fabricação;
  • Dados de inspeções.

Viu como montar placas eletrônicas não é tão simples? Por isso, antes de escolher uma montadora para realizar o serviço, pesquise, avalie os prós e contras e não deixe de falar com a Produza!

0 respostas

Deixe uma resposta

Quer participar da discussão?
Fique à vontade para contribuir!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *