Componentes passivos, ativos e eletromecânicos são classificações dadas aos componentes de uma placa eletrônica de acordo com a função. Isso é importante para dispor cada um deles no local adequado e, dessa forma, proporcionar um bom funcionamento para o produto final.
Já falamos aqui no blog sobre a classificação de componentes eletrônicos por tipo de montagem (SMD ou PTH) e encapsulamentos (0201). Aqui falaremos sobre tipos de componentes e como eles podem influenciar o bom funcionamento do dispositivo.
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Leigos na compreensão do funcionamento de placas sequer imaginam que o bom desempenho de um produto eletroeletrônico depende de múltiplos fatores. Nesse caso, o engenheiro responsável precisa planejar com detalhes os fatores relacionados à energia, ao calor e ao movimento.
Os componentes eletrônicos podem ser classificados em passivos, ativos e eletromecânicos. Entender a diferença entre eles é importante para o bom funcionamento do produto acabado. Isso porque a boa disposição, a qualidade do componente e a escolha certa serão determinantes para o desempenho da placa eletrônica. Veja a diferença entre cada um deles:
Como o nome diz, os componentes desse tipo são capazes de intervir sobre o funcionamento de outros. Os componentes ativos são capazes de gerar energia e exercer uma função de controle sobre uma energia adicional de um outro componente.
Segundo o professor Newton Braga no texto “Eletrônica básica para mecatrônica” “os componentes ativos são aqueles que podem gerar ou amplificar sinais”. Ainda segundo o texto, eles podem ser divididos em dois grupos: os que trabalham com base em tubos de gás ou vácuo (mais antigos e não muito utilizados), e os em estado sólido, que trata das propriedades dos materiais semicondutores.
Alguns exemplos de componentes ativos são os diodos, transistores, circuitos integrados, dispositivos optoeletrônicos e fontes de energia.
Diferente dos componentes ativos, os componentes passivos não aumentam a intensidade de uma corrente ou tensão, não amplificam nem geram sinais. Eles têm como característica interagir com a energia do circuito, dissipando-a em outras formas como, por exemplo, em calor. Têm função de polarização, acoplamento ou desacoplamento de circuitos.
Como exemplos de componentes passivos podemos citar resistores, capacitores, indutores, sensores e antenas.
Os componentes eletromecânicos combinam processos elétricos e mecânicos, utilizando-se da movimentação de partes móveis. O principais representantes dessa categoria são cristais, terminais, conectores e fusíveis.
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Mais do que saber a diferença entre componentes passivos, ativos e eletromecânicos, quem trabalha com esse tipo de tecnologia precisa entender como escolher o melhor produto. Você sabia, por exemplo, que o tempo de obsolescência de um componente pode comprometer a qualidade de um produto? Isso porque, quando for necessário fazer um segundo lote, pode ser que não haja mais o componente no mercado e o projeto precisará ser refeito, gerando retrabalho e custos adicionais.
Outro ponto que deve ser analisado é o custo. Imagine que você orçou a compra dos melhores componentes passivos, mas isso acabou tornando o preço do produto final incompatível com o mercado. Sendo assim, será necessário rever a lista de compras e encontrar opções viáveis e de semelhante qualidade.
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A utilização de componentes passivos, ativos e eletromecânicos é fundamental para o desenvolvimento de um produto. No entanto, outro item que faz muita diferença é o layout da placa. A depender da escolha da disposição de cada tipo de componente, distância entre eles, margens etc, a placa pode ter melhor ou pior desempenho.
Veja alguns fatores determinantes relacionados ao layout de componentes passivos, ativos e eletromecânicos:
Reservar um tamanho adequado para cada tipo de componente é praxe. Porém, o que nem todos pensam quando estão considerando apenas a placa como projeto é que há necessidades diferentes de espaçamento dos terminais, por exemplo. Nesse caso, é preciso conhecer bem o produto que está usando para não ter problemas na hora da montagem na prática.
É um fator diretamente dependente da corrente elétrica. Quanto mais amperes a corrente tiver, mais larga a trilha deverá ser (a relação recomendada é de 1 mm para cada ampere).
Ruídos em placas eletrônicas ocorrem principalmente porque os circuitos conectam-se com dispositivos de alimentação e também com a terra. Descobrir a fonte do ruído nem sempre é fácil, já que há muitas possibilidades como: condução por fios, telefones celulares, ondas de rádio e TV, lâmpadas fluorescentes, etc.
Agora que já conhecemos a diferença entre componentes passivos, ativos e eletromecânicos, temos noção sobre a complexidade relativa ao planejamento de placas eletrônicas. Todos esses cuidados devem ser traduzidos, na prática, por uma boa montagem. Afinal, de nada adianta planejar uma ótima placa se a execução for mal feita.
Sempre mencionamos aqui no blog a importância da parceria com uma montadora especializada para reduzir custos, cumprir prazos e entregar excelentes produtos. O que nem todos sabem é que a Produza também pode ajudar sua empresa em fases anteriores à montagem em si.
O ideal para um projeto redondo e sem falhas é que a empresa que deseje montar placas entre em contato antes mesmo do projeto totalmente pronto. Dessa forma, as equipes de engenheiros podem reunir-se e discutir quais são as melhores soluções para ambos, ou seja, o que pode ser feito para a placa atender às necessidades da empresa e, ao mesmo tempo, ter as condições ideais de montagem como margens suficientes para o trabalho das máquinas e componentes comprados dentro dos parâmetros ideais.
Outra atitude importante e que deve ser incluída no planejamento de um produto, especialmente se tiver funcionalidade ou layout inovador, é a execução de um protótipo. Como vimos, a interação entre componentes passivos, ativos e eletromecânicos entre si ou com o meio externo pode afetar de forma muito significativa o funcionamento do equipamento. A maioria dessas interações pode — e deve — ser prevista no momento de planejamento. No entanto, no momento em que o produto é colocado em funcionamento, com todos os seus elementos, interações inesperadas podem acontecer.
É por isso que um protótipo nunca pode ser visto como custo, e sim como um investimento necessário para evitar falhas e ainda mais gastos com reparos no momento de escalabilidade do produto final.
Ficou com alguma dúvida sobre o que são componentes passivos, ativos e eletromecânicos ou como a Produza pode ajudar sua empresa a conseguir melhores resultados? Deixe sua pergunta nos comentários ou entre em contato conosco!
Publicado originalmente em 21 de novembro de 2017.
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