A tecnologia de fabricação em SMT para placas eletrônicas é muito utilizada como alternativa para empresas que desejam otimizar processos e reduzir custos. Ela desempenha um papel importante na fabricação de componentes eletrônicos modernos, oferecendo eficiência e precisão na montagem de placas de circuito.
Essa modernização é essencial para acompanhar o crescimento do setor que, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), tem uma projeção de crescimento de 5% neste ano.
Neste artigo, conheça o conceito de SMT, as principais vantagens desse tipo de fabricação e como ela funciona na prática. Confira!
A sigla SMT representa Surface Mount Technology, ou em português, Tecnologia de Montagem em Superfície. Trata-se de uma metodologia essencial na fabricação de dispositivos eletrônicos, que revolucionou a indústria ao proporcionar uma forma mais eficiente e precisa de montar componentes eletrônicos em placas de circuito.
Em contraste com a tecnologia anteriormente conhecida como THT (Through-Hole Technology), que envolvia a inserção de componentes eletrônicos através de furos perfurados na placa, a SMT permite que os componentes sejam montados diretamente na superfície da placa de circuito impresso.
>> Baixe o infográfico: O que uma CM deve oferecer para otimizar a produção eletroeletrônica
A fabricação em SMT tem se tornado uma escolha predominante na indústria eletrônica, e isso não é por acaso. As vantagens oferecidas por essa tecnologia são significativas e impactam diretamente a eficiência e a qualidade dos produtos eletrônicos. Entre os principais benefícios, podemos citar:
A soldagem em SMT, realizada diretamente na placa, elimina furos, possibilitando dispositivos compactos e leves, ideal para produtos finos e portáteis. Além disso, oferece conexão elétrica confiável, aprimorando durabilidade e desempenho eletrônico.
A automação na montagem e soldagem agiliza a produção de eletrônicos em larga escala, encurtando prazos e se adaptando às mudanças de mercado e tecnologia, sendo crucial na indústria eletrônica contemporânea.
A manipulação de componentes por mãos humanas possui uma limitação de tamanho. Pinças e outros instrumentos afins podem ajudar, mas a precisão fica comprometida. Com automatização dos processos, placas cada vez menores podem ser desenvolvidas e os equipamentos que hoje ganham mais eficiência no mercado.
A fabricação em SMT é um processo fundamental na indústria eletrônica, mas como exatamente ela funciona na prática? Neste tópico, exploraremos as etapas e os aspectos-chave desse processo, fornecendo uma visão ampla de como a SMT transforma componentes individuais em dispositivos eletrônicos funcionais.
A aplicação de pasta de solda é uma etapa importante na montagem SMT, realizada por uma impressora especializada que utiliza um rolo para aplicar a pasta através de um stencil metálico perfurado.
Para garantir um processo sem defeitos na linha de montagem, é fundamental o uso de equipamentos de alta qualidade e stencils que atendam às normas do mercado, além da adoção de práticas apropriadas para uma aplicação de pasta de solda perfeita, como:
A implementação de processos de inspeção impede que placas com inconsistências ou defeitos prossigam na linha de montagem. Isso simplifica a correção de erros, evitando a necessidade de desmontar várias partes do produto ou descartar a peça.
Durante a fase de inspeção, é essencial utilizar um Solder Paste Inspection (SPI) para examinar a pasta de solda na placa por meio de imagens e garantir sua quantidade adequada. Caso surjam problemas, a placa é removida, a produção SMT é interrompida temporariamente e a placa é limpa antes de retomar o processo de aplicação de solda.
Na fabricação SMT, a inserção de componentes é realizada com um equipamento especial para a etapa, denominada insersora. Ela posiciona os componentes na placa conforme a programação e corrige deslocamentos.
Um equipamento de qualidade garante uniformidade nas placas produzidas, além de outros cuidados essenciais, como:
O forno de refusão tem a função de soldar automaticamente os terminais dos componentes aos PADs. Após a aplicação da pasta de solda, os terminais dos componentes ainda não estão soldados, apenas em contato com a pasta. O forno regula a temperatura ideal para fundir a pasta de solda, garantindo a conexão eletro-mecânica.
Para assegurar o sucesso dessa etapa, o forno passa por testes com “placas de sacrifício”, ajustando as zonas de aquecimento corretas e usando termopares para monitorar a temperatura crítica, assegurando uma soldagem precisa.
A última fase da fabricação em SMT é a AOI (Automated Optical Inspection), que inspeciona componentes capturando imagens da placa e dos componentes. Esse destaque é um diferencial da tecnologia SMT, conhecida por sua precisão e repetibilidade.
A AOI verifica se a produção está conforme o modelo, alertando o operador para qualquer discrepância, como componentes trocados, montados invertidos, faltantes, curtos na solda ou excesso de solda. Essa etapa garante a qualidade antes do produto chegar ao consumidor final.
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