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Gestão de defeitos: por que errar custa tão caro para uma indústria?

Toda indústria, de forma mais organizada ou menos, possui algum processo para a gestão de defeitos. A métrica lógica é simples: quanto mais se erra, mais custos é gerado para a empresa. Mas, ao contrário do que uma reflexão rápida possa levar, isso ocorre não apenas  por conta do desperdício de insumos, mas principalmente de tempo. O que nem todos sabem é que criar metodologias para resolução de defeitos, apesar de parecer uma despesa a mais, pode representar uma grande economia à longo prazo.

O que acontece quando a gestão de defeitos não é eficaz?

Não importa o porte ou o segmento da empresa, é fato que ter processos mais organizados traz mais eficiência e aumenta a lucratividade. No caso da indústria, a gestão de defeitos deve consistir não só em identificar e consertar aquilo que não está dando certo, mas principalmente em procurar as causas do problema e planejar ações para que ele deixe de acontecer.  Confira abaixo algumas consequências da falta de processos bem mapeados:

Pode parar a produção

Imagine que em uma linha de produção todos os itens de uma série apresentaram o mesmo defeito. O que acontece é que todas as peças com defeito são enviadas para avaliação e mais nenhuma é produzida até que se identifiquem as causas. Se for um volume grande de produtos, além do custo imenso para reparar o erro, haverá prejuízo decorrente do tempo em que as máquinas ficaram paradas.

É preciso um profissional dedicado a procurar as causas

Quando não há uma boa gestão de defeitos, há momentos em que a causa não é percebida de forma imediata. Há então a necessidade de retirar um profissional de suas funções habituais para procurar a origem do problema, propor soluções e agir. O custo, nesse caso, fica por conta da atividade que o profissional deixou de fazer, pois usou um tempo que deveria ser dedicado a outras atividades tentando identificar um erro que poderia não ter ocorrido

Pode manchar a reputação da empresa

Em casos extremos o erro sequer é percebido dentro da empresa, aí o problema se torna mais grave. Uma indústria que tem histórico de produtos que apresentam defeito certamente não terá boa reputação, precisará reduzir preço de mercado e, consequentemente, perderá receita.

Qual é a solução?

Uma boa prática é criar metodologias para resolução de defeitos. As mais eficientes prevêem verificações etapa a etapa. Com uma boa gestão de defeitos, os erros podem ser identificados assim que acontecem, evitando a maioria dos problemas citados acima. A avaliação aprofundada de como isso deve ser feito depende da natureza de cada produto e deve ser implantada aos poucos. Muitas empresas, ao avaliarem seus processos, percebem a necessidade de aperfeiçoar alguns setores e terceirizar outros, essa é uma boa opção.

 

Quer saber mais sobre gestão de defeitos? Ficou com alguma dúvida? Deixe um comentário!

Marcelo Gouvea

Gerente Comercial PRODUZA S/A

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