Toda indústria, de forma mais organizada ou menos, possui algum processo para a gestão de defeitos. A métrica lógica é simples: quanto mais se erra, mais custos é gerado para a empresa. Mas, ao contrário do que uma reflexão rápida possa levar, isso ocorre não apenas por conta do desperdício de insumos, mas principalmente de tempo. O que nem todos sabem é que criar metodologias para resolução de defeitos, apesar de parecer uma despesa a mais, pode representar uma grande economia à longo prazo.
Não importa o porte ou o segmento da empresa, é fato que ter processos mais organizados traz mais eficiência e aumenta a lucratividade. No caso da indústria, a gestão de defeitos deve consistir não só em identificar e consertar aquilo que não está dando certo, mas principalmente em procurar as causas do problema e planejar ações para que ele deixe de acontecer. Confira abaixo algumas consequências da falta de processos bem mapeados:
Imagine que em uma linha de produção todos os itens de uma série apresentaram o mesmo defeito. O que acontece é que todas as peças com defeito são enviadas para avaliação e mais nenhuma é produzida até que se identifiquem as causas. Se for um volume grande de produtos, além do custo imenso para reparar o erro, haverá prejuízo decorrente do tempo em que as máquinas ficaram paradas.
Quando não há uma boa gestão de defeitos, há momentos em que a causa não é percebida de forma imediata. Há então a necessidade de retirar um profissional de suas funções habituais para procurar a origem do problema, propor soluções e agir. O custo, nesse caso, fica por conta da atividade que o profissional deixou de fazer, pois usou um tempo que deveria ser dedicado a outras atividades tentando identificar um erro que poderia não ter ocorrido
Em casos extremos o erro sequer é percebido dentro da empresa, aí o problema se torna mais grave. Uma indústria que tem histórico de produtos que apresentam defeito certamente não terá boa reputação, precisará reduzir preço de mercado e, consequentemente, perderá receita.
Uma boa prática é criar metodologias para resolução de defeitos. As mais eficientes prevêem verificações etapa a etapa. Com uma boa gestão de defeitos, os erros podem ser identificados assim que acontecem, evitando a maioria dos problemas citados acima. A avaliação aprofundada de como isso deve ser feito depende da natureza de cada produto e deve ser implantada aos poucos. Muitas empresas, ao avaliarem seus processos, percebem a necessidade de aperfeiçoar alguns setores e terceirizar outros, essa é uma boa opção.
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