A manufatura enxuta busca eliminar as chamadas “sete perdas” que ocorrem na produção, permitindo que as empresas alcancem maior produtividade, qualidade, redução de custos e uma produção mais sustentável.
Ao compreender e evitar essas perdas, as organizações podem alcançar níveis superiores de qualidade e satisfação do cliente, consolidando-se como líderes em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente.
Neste artigo, explicamos o conceito de manufatura enxuta, os desperdícios que podem ser reduzidos com ela, como implementar e quando contratar os serviços de uma empresa terceirizada para essa finalidade. Confira!
A manufatura enxuta, também conhecida como Lean Manufacturing, é uma filosofia de gestão e produção que se originou no Japão, principalmente a partir das práticas adotadas pela Toyota na década de 1950.
O conceito central da manufatura enxuta é eliminar desperdícios e ineficiências em processos industriais, buscando criar um fluxo contínuo de produção que atenda às necessidades dos clientes de forma rápida e eficiente.
A manufatura enxuta se diferencia por focar na importância de entender as necessidades dos clientes, garantindo a entrega de produtos ou serviços com alta qualidade e menor tempo.
Além disso, promove uma cultura de melhoria contínua, onde todos os colaboradores são incentivados a identificar e resolver problemas, buscando aprimorar constantemente os processos de produção. Ao adotar essa abordagem, as empresas conseguem:
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A manufatura enxuta é uma abordagem que se destaca por identificar e combater efetivamente as perdas na produção, resultando em maior eficiência e produtividade. Listamos as sete perdas principais que podem ser reduzidas ou eliminadas usando as boas práticas. São elas:
A “produção em excesso”, também conhecida como “a mãe das perdas” na manufatura enxuta, possui influência direta sobre outros processos.
Quando não há um planejamento adequado e ocorre a superprodução, diversos problemas podem surgir, como a extrapolação da capacidade de estoque do armazém, esgotamento da matéria-prima e desvalorização do produto no mercado.
Essa situação deve ser encarada como um alerta, indicando possíveis falhas em etapas anteriores, como a pesquisa de mercado, ou posteriores, como a fase de vendas. Identificar a razão desse excesso e reavaliar o plano torna-se essencial para manter a eficiência e evitar desperdícios na produção.
A gestão inadequada de transportes acarreta significativas perdas para muitas empresas, tanto no gerenciamento de insumos e logística interna, como nas entregas aos clientes. Uma estratégia de roteamento mal planejada resulta em maiores despesas com combustível, manutenção e mão de obra.
Para otimizar esse processo, é essencial adotar um controle abrangente do planejamento, agindo de maneira estratégica, não reativa. Alguns problemas que merecem atenção incluem:
As perdas inerentes ao próprio processo de produção são uma preocupação relevante. Um exemplo disso é a presença de rebarbas que precisam ser removidas, exigindo a dedicação de um funcionário ou equipamento exclusivo para essa correção. Além disso, há a perda de matéria-prima decorrente desse processo.
Existem perdas no processamento que podem ser prevenidas, enquanto outras dependem apenas da calibração dos instrumentos ou de mudanças estratégicas. O aspecto importante é reconhecer essas falhas e buscar maneiras de evitar tais desperdícios.
A perda de recursos financeiros e tempo decorre do deslocamento desnecessário de colaboradores e equipamentos, seja por não haver necessidade de movimentação ou por exceder o deslocamento necessário. Existem quatro tipos de disposição de máquinas: linear, funcional, celular e posicional.
A escolha adequada entre essas opções evita perdas de tempo causadas por movimentações sem necessidade. Embora possa parecer pouco que um funcionário precise caminhar dez passos a mais, por exemplo, ao longo das horas acumuladas, cada segundo é fundamental em uma linha de produção.
Citamos no item “superprodução” que produto parado é sinal de capital parado. Isso também vale para insumos e produtos semiacabados. Eles precisam ficar o menor tempo possível estocados. Uma gestão de estoque inteligente é capaz de sincronizar o momento em que os insumos estão acabando com a nova entrega.
Isso quer dizer que o armazém deve ser o menor possível, diminuindo custos e evitando que insumos percam a validade com a espera.
Qualquer atividade que envolva a inspeção e retrabalho de peças consideradas defeituosas no processo produtivo representa um desperdício de tempo e recursos financeiros. Em certos locais, existem equipes dedicadas exclusivamente a corrigir erros decorrentes do processo, o que acarreta em altos custos para a empresa.
A gestão de defeitos na filosofia de manufatura enxuta vai além da simples correção, ela busca compreender a origem do problema e implementar medidas para evitar que ele se repita. Caso contrário, a empresa estará perdendo dinheiro de forma contínua devido a erros recorrentes.
É necessário reduzir ao mínimo o tempo que um produto fica em espera para entrar na próxima etapa, pois isso está diretamente relacionado à fluidez da produção. Quando uma peça precisa esperar, pode indicar problemas nas etapas anteriores ou uma falta de harmonia no processo.
Além disso, é crucial evitar ao máximo as interrupções não programadas na linha de produção, sejam elas causadas por máquinas defeituosas ou erros na execução de tarefas. Para prevenir tempos de espera por esses motivos, é essencial implementar manutenções regulares e fornecer treinamento adequado às equipes.
A implementação da manufatura enxuta envolve a adoção de princípios e práticas que visam eliminar desperdícios e otimizar processos industriais. Inicialmente, é necessário promover uma cultura organizacional comprometida com a eficiência e a melhoria contínua.
A capacitação dos colaboradores nos conceitos lean é fundamental para o sucesso do processo. Identificar e eliminar desperdícios, implementar sistemas Kanban, 5S e Just-in-Time, além de promover o fluxo contínuo de trabalho, são passos importantes.
Para tornar a manufatura enxuta ainda mais efetiva, uma ótima opção é o uso de métricas de desempenho, que servem para ter um panorama geral sobre a qualidade da produção, onde estão os gargalos de perdas, quais pontos precisam ser melhorados etc.
Indústrias que produzem suas próprias placas eletrônicas e também aquelas que terceirizam a montagem devem ter atenção a esses fatores até o final da cadeia de produção.
Quando o processo não é otimizado e alinhado às práticas da manufatura enxuta, os custos finais do produto são maiores, o que acarreta em um serviço mais caro e, consequentemente, na perda de produtividade e competitividade.
Até aqui, explicamos que a manufatura enxuta requer uma atenção minuciosa por parte da empresa. Esse desafio se torna ainda mais significativo quando o produto é complexo e envolve alta tecnologia.
Por essa razão, muitas empresas que adotam os princípios do Lean Manufacturing optam por terceirizar as partes do produto que apresentam maior complexidade ou que não estão diretamente ligadas ao produto final.
Um exemplo relevante dessa abordagem é a terceirização de placas eletrônicas. Em algumas situações, o produto pode conter um painel eletrônico que desempenha uma função mecânica específica.
Em outras, a tecnologia empregada na placa é tão inovadora que a empresa opta em ter uma parceira especializada para compartilhar conhecimentos e alcançar a melhor configuração para o produto final. Seja qual for o foco da empresa, é fato que a terceirização reduz custos e melhora a qualidade do produto final.
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Post publicado originalmente em 4/01/2017 e atualizado em 19/10/2023.
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