A qualidade da soldagem é essencial para produzir placas eficientes e duráveis. Mas você conhece o processo de soldagem lead free? Não? Então, siga lendo e descubra uma maneira eficaz de melhorar a precisão na montagem de suas placas e diminuir seu impacto no meio ambiente — e saiba, de uma vez por todas, por que é tão importante selecionar um fornecedor que trabalhe com lead free!
Na montagem de placas eletrônicas, a soldagem dos componentes é uma etapa que exige atenção especial por diversos motivos. Pode parecer um processo simples: a aplicação de uma liga metálica capaz de conduzir eletricidade, e assim viabilizar a comunicação dos componentes entre si, permitindo o funcionamento da placa. Mas existe muita complexidade envolvida. Entenda melhor a seguir:
Em primeiro lugar, é preciso um altíssimo nível de precisão: uma soldagem insuficiente pode prejudicar a fixação dos componentes inutilizando a placa, e o excesso de solda pode provocar curtos, que inviabilizam o funcionamento do produto.
Além disso, o material utilizado para a soldagem de componentes é fundamental. Durante muito tempo, a indústria utilizou o estanho, que apresentava limitações que logo foram contornadas com a adição do chumbo. Esta combinação de materiais supria a demanda das placas do passado, nas quais havia muito mais espaço entre os componentes, e a complexidade de produção era bem menor.
Mas com a evolução da tecnologia, placas e circuitos menores — e mais poderosos — foram surgindo, e a soldagem teve de ser adaptada a esta nova realidade. Além disso, outra variável precisava ser contabilizada na complexa equação da produção de placas eletrônicas: o impacto ambiental dos materiais utilizados.
Em um mundo ciente da necessidade de minimizar os danos da produção industrial em relação aos ecossistemas, as empresas se viram diante de um desafio: como manter operações lucrativas e, ao mesmo tempo, adaptar suas linhas de produção a uma realidade mais sustentável?
Era preciso encontrar um material tão eficiente quanto o chumbo, mas que não causasse os mesmos riscos à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente. Assim, a partir de extensas pesquisas, a ciência terminou por desenvolver a soldagem lead free, ou seja, soldagem livre de chumbo (e de outros metais prejudiciais).
A soldagem sem chumbo não é exatamente uma novidade: ligas de solda sem chumbo são muito antigas, datando de cerca de 5.000 anos atrás. Mas na maioria das vezes, estas ligas eram usadas para unir metais preciosos e semipreciosos. Recentemente, estas passaram a ser vistas na soldagem de componentes eletrônicos.
As vantagens de adotar a solda lead free estão relacionadas ao impacto ambiental, mas não se restringem a isso: a solda sem chumbo também pode ampliar a precisão da soldagem dos componentes, resultando em uma maior qualidade do produto final, aumentando a competitividade do fabricante.
Embora existam muitos tipos de soldas sem chumbo, os dois mais comumente usados são:
No cenário internacional, a soldagem sem chumbo, ou lead free, já é amplamente adotada, e no Brasil, as companhias comprometidas com a preservação ambiental já usam ou ouviram falar em Lead Free.
Este novo processo de produção também está alinhado à ISO 14.001, que estabelece diretrizes sobre o desenvolvimento de produtos e processos que causem menor impacto ambiental. Neste caso, o não uso do chumbo na liga para soldagem, por exemplo.
Além da consciência ambiental e posicionamento de marca, existem motivos comerciais para a adoção do Lead Free: empresas que exportam produtos para países pertencentes à União Europeia ou aos Estados Unidos devem, obrigatoriamente, usar placas Lead Free. A norma europeia Restriction of Hazardous Substances (RoHS) proíbe a comercialização de produtos eletroeletrônicos que possuam metais pesados (como o chumbo). Nos EUA existem restrições semelhantes em relação à entrada de eletrônicos com metais pesados.
Se você quer fazer parte do time de empresas genuinamente sustentáveis — e conquistar o mercado internacional — selecionar um fornecedor que trabalhe com lead free na montagem de placas é um passo importante.
No mercado nacional, mesmo sem exigências, muitas empresas baniram a liga com chumbo de seu processo de produção. Com exceção dos segmentos nos quais o uso do chumbo é insubstituível, empresas que buscam essa tecnologia mesmo sem obrigação tendem a ser vistas pelo mercado como inovadoras e avançadas no processo tecnológico.
E você, já aboliu ou pretende abolir o chumbo do processo de soldagem de suas placas? Fique à vontade para deixar suas dúvidas, opiniões e sugestões no campo de comentários!
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