Setup de maquinário: essencial para montagem de placas

Com o avanço das tecnologias dentro das fábricas, o mercado espera que a agilidade e a produtividade façam cada vez mais parte das entregas do setor. Com isso, os processos produtivos têm passado por adaptações a fim de que se encaixem nas necessidades da linha fabril, transformação que tem ganhado força por meio do setup de maquinário.

A estratégia de reduzir o tempo de setup de maquinário acelera as rotinas de produção, otimiza os ciclos da operação entre uma etapa e outra e dá às empresas mais tempo para que os esforços sejam dedicados a outras demandas.

Em processos como na montagem de placas, a otimização da mão de obra e do tempo são essenciais para que o produto final seja entregue com qualidade ao cliente.

Neste post, saiba mais sobre o setup de maquinário e compreenda a relação que esse processo tem com a montagem de placas.

O que é setup de maquinário?

O setup de maquinário é a fase do processo de produção onde os equipamentos são configurados de acordo com as necessidades e especificidades da etapa seguinte. Ou seja, é um período onde a produção é paralisada para que os colaboradores possam manusear as máquinas a fim de que elas recebam as manutenções necessárias.

Devido à variedade de etapas que são executadas e produtos que são fabricados por meio do mesmo maquinário, o setup contribui para que os processos sejam adequados a cada fase da produção.

Cada tipo de produto, seja pela diferença de tamanho, cor, matéria-prima ou finalidade, precisa de uma determinada configuração prévia e de componentes específicos para que sejam fabricados corretamente. 

Por isso, na prática, o setup de maquinário é indispensável para que a cadeia de produção seja completada no tempo completo previsto no projeto.

Entretanto, o tempo que leva para que as equipes realizem esses ajustes nos equipamentos  não pode ser elevado, uma vez que a pausa prolongada no funcionamento do maquinário pode prejudicar o ritmo de todo ciclo de produção.

Por que é importante reduzir o tempo de setup?

Em cenários competitivos como é o caso das indústrias, a agilidade na entrega e a qualidade do produto final são peças fundamentais para que as empresas apresentem vantagens frente aos concorrentes. 

Diferente do que acontecia há alguns anos, quando a linha de fábrica seguia um padrão e todos os produtos eram produzidos de forma massificada, atualmente os equipamentos são desenvolvidos para que atendam necessidades específicas e, por isso, apresentam diferenças um dos outros.

É natural que os processos de produção tenham acompanhado essas mudanças, mas nesse sentido, o setup de maquinário pode influenciar para que a possível perda de padronização no processo de produção não impacte nos resultados. 

Por isso, na prática, o setup de maquinário precisa ser feito durante a produção, especialmente para que sejam identificadas melhorias em relação à produtividade, por meio de indicadores de desempenho industrial.

Entre suas principais vantagens estão:

• Redução de tempo de produção;
• Entrega agilizada do produto final;
• Diminuição de custos;
• Prevenção de falhas.

Dentro do segmento de placas eletrônicas, por exemplo, a montagem muitas vezes atende a demandas de lotes pequenos com grande diversidade nas características. Por apresentar essa diferença entre um lote e outro, a quantidade de vezes que o maquinário precisa ser parado para a realização dos ajustes aumenta consideravelmente.

Para que o tempo final de entrega não seja influenciado, surge então a solução de reduzir o tempo de setup entre a produção de um lote e outro.

Ferramentas e métodos para redução do tempo de setup

A seguir, confira alguns métodos e ferramentas que podem ajudar a reduzir o tempo de setup.

Método SMED

O método SMED (Single Minute Exchange of Die), ou troca rápida de ferramentas, tem como objetivo fornecer uma solução para a redução do tempo do setup de maquinário. 

Ele se baseia na premissa de levar mais do que dez minutos para realizar um procedimento de setup é prejudicial para o fluxo da produção e pode implicar na perda de tempo. Por isso, o SMED foi criado para realizar o setup em tempo de dígito único, ou seja, até 9 minutos.

A partir dessa diretriz, surge a identificação dos tipos de operação do setup na fábrica, que pode ser dividido em duas categorias: 

• Categoria interna: o setup é realizado apenas com a máquina parada;
• Categoria externa: o setup é realizado com a máquina em funcionamento.

Nesse contexto, o método SMED propõe uma transformação das operações internas e externas ao readaptar os processos e, consequentemente, permitir o aumento da produtividade. 

Com isso, há uma racionalização do setup de maquinário por meio de soluções que otimizem as tarefas e as operações realizadas. 

Assim como o método SMED, existem diversas estratégias e técnicas capazes de otimizar processos industriais e promover uma gestão eficiente do tempo de produção na indústria eletroeletrônica.

Setup offline

O setup offline permite  otimizar tempo e aumentar a produtividade do processo. Enquanto uma determinada máquina está em funcionamento realizando uma etapa da produção, por meio desse método, os colaboradores podem adiantar a preparação da próxima fase, seja ela em outro maquinário ou no mesmo durante a produção de uma nova leva de produtos.

Essa é uma estratégia para gerenciar o tempo no ciclo de produção, adiantar ações e agilizar as etapas seguintes no processo de produção na manufatura inteligente.

Outras ferramentas Lean 

Outras ferramentas de Lean Manufacturing que podem auxiliar na redução do tempo de setup de máquinas envolvem diagramas das tarefas envolvidas e dos fluxos de materiais e informações das etapas da produção, a exemplo do VSM (Mapeamento de Fluxo de Valor). 

Aliando essas diferentes metodologias, é possível conquistar uma redução no tempo de setup e garantir uma maior produtividade na montagem de placas eletrônicas. 

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