Fazer testes para placas eletrônicas é importante para garantir que o trabalho seja bem feito e assegurar a qualidade do produto final. Tanto na montagem de placas ou outros segmentos da indústria, isso só é possível por meio do desenho de processos que visem a conformidade em todas as etapas.
Mais do que uma necessidade, ter um produto em conformidade tornou-se uma necessidade do mercado. Empresas cada vez mais organizadas fazem com que os padrões se elevem e, aquelas que perdem tempo realizando reparos tardiamente, tendem a ficar para trás.
A estratégia adotada na rotina de testes dependerá muito da natureza do produto e da necessidade da empresa. Ela pode ser de vários tipos, tais como:
É um tipo de verificação feita ao final de cada processo. Não é comum quando há processos manuais, mas pode ser implantado em indústrias 4.0 nas quais o uso de sensores, aparelhos de raio-x e verificações de todos os tipos são instaladas com o objetivo de garantir a conformidade máxima.
Desvantagem: o processo etapa a etapa exige mudanças significativas na estrutura da fábrica e aquisição de novas tecnologias, o que pode não ser necessário ou mesmo viável no momento.
É viável quando há um número pequeno de unidades ou quando o processo é extremamente sensível e exige que as peças sejam verificadas uma a uma.
Desvantagem: tempo maior dedicado ao processo, o que consequentemente o torna mais caro.
É o mais utilizado, já que processos industriais são padronizados e obtêm resultados muito semelhantes em um determinado número de vezes.
Desvantagem: se um erro ocorre de forma espaçada, é possível que a amostra colhida não o detecte e a falha apareça somente depois. No entanto, isso é incomum.
É importante destacar que não existe uma rotina de testes para placas eletrônicas melhor do que a outra. A escolha vai depender da necessidade do produto e dos recursos disponíveis
Há, ainda, as empresas que optam por não realizar testes nas placas eletrônicas antes de enviar o produto ao cliente final. Quando o teste é feito pelo cliente, o risco é de que o produto volte para reparo, gerando gastos com logística.
No entanto, se o teste é feito somente com o produto já montado, o risco é ainda maior. Ao detectar um erro, talvez seja necessário desmontar a peça, o que costuma causar danos definitivos à estrutura, muitas vezes inviabilizando a comercialização.
Recomenda-se, portanto, que nenhuma placa saia da fábrica sem antes ter sido devidamente testada e garantida sua eficácia para atuar no produto final. Os testes são realizados, em sua maior parte, por meio de gabaritos, desenvolvidos especificamente para cada situação. Neles, estão contemplados o hardware e os softwares envolvidos no produto eletrônico. Os gabaritos, geralmente, são elaborados pelo próprio desenvolvedor do produto ou empresas especializadas.
Cada produto possui necessidades específicas de testes para placas eletrônicas. Por isso, é importante ter conhecimento pleno sobre a função de cada um deles e escolher a maneira certa. Listamos, a seguir, algumas técnicas utilizadas para realização dos testes funcionais:
É uma maneira de testar interconectores em placas de circuito impresso ou sub-blocos dentro de um circuito integrado. O boundary scan também é utilizado como um método de depuração para observar estados de pinos de circuito integrado, medir tensão ou analisar sub-blocos.
Segundo o artigo “INTERCONNECT TESTING WITH BOUNDARY SCAN”, a técnica pode simplificar processos, reduzir a necessidade do uso de equipamentos mais complexos, como sondas e, com isso, baratear custos sem perda de qualidade.
É usado quando liga-se a placa em um produto similar ao final para verificar a eficácia de funcionamento e suas funcionalidades. Essa técnica é importante, pois nesse momento podem aparecer eventuais erros que só seriam percebidos com o produto já fechado. Quando há um protótipo de testes, pode-se interferir antes da peça pronta.
Por meio de um gabarito contendo agulhas, são feitas medições em pontos específicos da placa eletrônica. Para realização desse teste, é necessário que a empresa conte com equipamentos específicos para placas eletrônicas, ou que haja o desenvolvimento de um hardware específico para a função. Há também a possibilidade de fazer pequenas medições com equipamentos tradicionais como multímetros e osciloscópio.
Agora que já falamos sobre os riscos e tipos de testes para placas eletrônicas, é relevante apontar as vantagens. Afinal, incluir uma etapa de testes com máxima precisão, bons equipamentos e equipe capacitada traz um custo adicional. Se a empresa possuir um setor de reparos que vise encontrar as causas, esse preço pode ser ainda mais alto.
Porém, o que observamos é que os custos relacionados aos testes para placas eletrônicas jamais superam os benefícios. São eles:
É incomparavelmente mais barato para uma empresa afinar processos e estabelecer boas rotinas de testes para placas eletrônicas do que arcar com as despesas da assistência técnica de um produto. Além de precisar buscar as causas e consertar o defeito, em alguns casos, há toda a logística de resgate da peça e retorno à fábrica.
Uma pessoa que teve graves problemas com um produto e precisou levá-lo para o fabricante, dificilmente voltará a comprar do mesmo fornecedor. É lógico que há alguns erros que não podem ser evitados e, nesse caso, o foco deve ser no bom atendimento ao problema em questão. Porém, quanto mais uma empresa de eletroeletrônicos puder evitar consertos nos primeiros meses de uso, melhor para a credibilidade.
O primeiro passo é verificar se o processo de montagem está bem estruturado. Como dissemos no começo do texto, a conformidade é altamente dependente da criação de padrões. Uma das maneiras mais eficazes de criar esses procedimentos é por meio da folha de processos. No documento, constam todas as informações necessárias para a montagem da placa, evitando que erros sejam cometidos por falhas de comunicação.
Na escolha da rotina de testes em si, observe qual é a melhor estratégia e escolha a que se encaixa na realidade em questão. É evidente que quanto mais testes forem feitos, melhor. Mas será que isso é viável financeiramente? A estrutura da fábrica comporta? O prazo para entrega permite esse grau de verificação? A natureza do produto exige?
Responder essas e outras questões é fundamental para realizar um bom trabalho. Caso queira saber mais sobre os tipos específicos de testes para placas eletrônicas e como a Produza pode ajudar, entre em contato!
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