Em um cenário tão imprevisível como o atual, onde a escassez de semicondutores coloca em risco a produção das indústrias eletrônicas, é preciso planejar ações estratégicas que facilitem a recuperação após a ocorrência de imprevistos. Nesses casos, um plano de gestão de crise pode fazer a diferença.
As organizações que articulam a gestão de crise com excelência conseguem superar as situações críticas com mais rapidez. Além disso, um bom plano possibilita que a empresa se torne mais eficiente, minimizando erros e o desperdício de recursos.
Sua indústria eletrônica está preparada para responder às crises? Neste artigo, entenda o que é a gestão de crise e como a transformação digital pode ajudá-lo a executar um plano efetivo. Acompanhe!
A gestão de crise se refere ao conjunto de ferramentas e processos implementado por uma empresa, para enfrentar uma situação de emergência disruptiva ou inesperada que impacte nos seus negócios, em partes interessadas, parceiros, colaboradores, clientes ou na receita.
Assim, uma indústria eletrônica pode defrontar uma crise na ocorrência de algum evento que coloque em ameaça a continuidade de suas atividades, como a paralisação total ou parcial da linha da produção. Nesses casos, a reputação da organização pode ser manchada, prejudicando operações comerciais, a atração e fidelização de clientes.
Porém, mais do que gerenciar a crise em si, a gestão prevê a execução de outros processos para que colaboradores e lideranças estejam bem preparados.
É necessário, ainda, analisar o plano de gestão depois de colocado em prática para saber se tudo aconteceu como o esperado, e encontrar oportunidades de melhorias.
Um plano de gestão de crise é um protocolo estabelecido que uma indústria segue para responder a uma crise ou situação de emergência. Como vimos, esse plano deve ser finalizado antes de uma crise acontecer, para que, assim, a organização esteja preparada para colocá-lo em prática, superar e corrigir qualquer ocorrência inesperada.
Empresas que não estruturam um plano de gestão de crise podem lidar com problemas muito graves e duradouros depois de um desastre ou instabilidade. Se a sua indústria não conseguir manejar, por exemplo, a falta de insumos, pode encontrar dificuldades para atender os prazos dos clientes e, devido a isso, perder competitividade no mercado.
Apesar da importância do plano de crises, a maioria das organizações não leva o assunto muito a sério. Em um estudo da PwC, apenas 35% dos entrevistados afirmaram ter um plano de resposta à crise. Curioso é que 69% dos líderes empresariais relataram ter passado por alguma instabilidade — três, em média — durante o período de cinco anos.
Toda indústria eletrônica deve, portanto, ter um plano de gestão de crise para estar preparada para qualquer evento não esperado e reduzir danos a longo prazo. A crise desencadeada pela COVID-19 deve servir como lembrete a todos os gestores e líderes.
Confira as principais razões para estabelecer um plano:
Seu plano de gestão de crise deve estruturar ações que devem ser tomadas como estratégia de reação a uma crise. Para isso, é preciso ter claro quais são as possíveis ameaças à sua indústria. Uma análise de risco pode ajudar a especificá-las.
É preciso, também, identificar as pessoas que devem entrar em ação quando uma crise surgir, assim como suas atribuições. Lembre-se de que o intuito do plano é minorar danos e restabelecer as operações da sua indústria o mais rápido possível.
Não existe um formato único de plano, mas o mais comum é o de uma lista de conferência. Os itens também podem depender de particularidades do seu negócio. Mas de forma geral, depois de elencar os potenciais riscos à sua indústria e definir quem irá agir em uma situação de crise, você deve seguir os seguintes passos:
A indisponibilidade de determinado insumo é uma ameaça que oferece impactos diferentes, por exemplo, da falta de embalagens para armazenar semicondutores em condições adequadas, certo? Por isso, analise cada ameaça e verifique seus impactos. Se você não tem o material necessário para iniciar ou continuar uma produção, atrasos podem acontecer, resultando no prejuízo da sua reputação, perda de recursos e insatisfação do cliente.
Quais ações serão tomadas frente ao imprevisto que se apresenta? Cada resposta deve estar bem definida, levando em consideração os impactos de cada ameaça. Se, por exemplo, seu fornecedor de semicondutores simplesmente não entregar os itens já solicitados, sua indústria deve estar apta a contactar rapidamente outro fornecedor para adquirir o componente.
Revisões devem ser feitas em pelo menos três momentos: após concluir o plano, depois de colocá-lo em prática e, por precaução, ao menos uma vez por ano, quando também é preciso atualizá-lo. Isso é necessário devido à imprevisibilidade do próprio mercado e da sociedade, que pode produzir novas ameaças à sua indústria.
O controle industrial e as soluções da indústria 4.0 podem contribuir para a redução dos impactos da crise. Saiba mais no material:
Vimos até aqui como a gestão de risco é imprescindível. A indústria que constrói um plano é capaz de se recuperar mais rapidamente de um desastre. No entanto, os gestores devem aproveitar a transformação digital também nessa área.
É preciso investir em soluções que ajudem a acelerar e expandir o acesso a sistemas e recursos críticos, minimizar os prejuízos do negócio e garantir o crescimento mesmo durante uma crise. O mercado já dispõe de tecnologia, incluindo softwares e dispositivos inteligentes, que podem otimizar a sua gestão.
Os apps para smartphones podem ser seus aliados, especialmente no treinamento dos seus colaboradores. O seu plano de gestão de crise pode ser disponibilizado no app, o que facilita o acesso ao conteúdo de qualquer lugar e por qualquer funcionário.
Essa solução também simplifica o treinamento em trânsito em novos locais e a execução de testes para averiguar se a sua equipe está apta.
A nuvem é uma das tendências no mercado global e você pode aproveitá-la em diversas áreas da sua indústria, inclusive para a gestão de crise. Você pode utilizá-la como backup para sua comunicação e não enfrentar problemas caso seu sistema principal não esteja disponível ou não funcione conforme o planejamento em um cenário de crise.
Assim, suas equipes se mantêm conectadas em momentos críticos.
A Internet das Coisas (IoT) e a 5G estão hiperconectando as empresas. Com uso de dispositivos, sensores e sistemas de rastreamento, você pode monitorar os equipamentos e máquinas da sua linha de produção, componentes e demais recursos.
A Inteligência Artificial (IA) pode tornar tudo ainda mais fácil e ajudá-lo a minimizar os danos, provendo as demandas e deixando a equipe de gestão de risco concentrada em atividades críticas.
Plataformas de relacionamento podem ser cruciais na etapa de notificação do desastre ou crise. Se o evento impacta a sociedade, as redes sociais são ainda mais relevantes. Mas muitas empresas possuem suas próprias mídias sociais, que devem então ser utilizadas para emitir alertas e difundir outras informações. Se disponível em apps para smartphone, melhor.
Ao digitalizar e automatizar seus processos, sua organização consegue melhorar a assertividade do plano de gestão de risco. Os dados são uma fonte valiosa de informações e podem contribuir para a identificação mais apurada das ameaças e seus respectivos impactos.
Essas inovações também são importantes para a comunicação, redução dos erros causados por humanos, otimização de recursos e a garantia de uma linha de produção ativa.
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