A ISO 9001 é uma norma internacional que especifica os requisitos para implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ).
Padrão mais popular da série ISO 9000, a ISO 9001 é baseada no ciclo Plan-Do-Check-Act (PDCA) e sua abordagem é orientada para processos que documentam e revisam a estrutura, as responsabilidades e os procedimentos de qualidade. Ela tem como objetivo alcançar uma gestão mais eficaz.
As empresas que adotam suas diretrizes são capazes de fornecer produtos e serviços em conformidade com as exigências de clientes e as regulamentações impostas pelo mercado.
Neste artigo, conheça as vantagens de adotar um SGQ e as principais mudanças ocorridas com a ISO 9001.
Um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) ajuda as organizações a prover produtos e serviços de acordo com a demanda dos clientes e com as diretrizes de compliance de maneira consistente, com os requisitos estatutários e as regulamentações aplicáveis.
Ao obter a certificação, é possível medir a satisfação de clientes e colaboradores, assim como encontrar novas oportunidades de mercado. Alguns países exigem a certificação ISO 9001 como requisito técnico e muitas empresas certificadas privilegiam acordos com parceiros que possuem essa norma de qualidade.
Ela dita os requisitos para um sistema de gestão de qualidade de excelência e proporciona aumento da qualidade de processos, bem como atesta a melhoria contínua de processos, a redução de custos e o desenvolvimento de uma mentalidade apta a realizar ações preventivas a fim de analisar e eliminar não conformidades.
Entre as principais vantagens da certificação ISO 9001 estão:
Implementada em setembro de 2015, a ISO 9001 é a versão mais atual dessa norma, que foi originalmente publicada em 2008. Ela trouxe mudanças importantes em relação à norma anterior, entre elas:
O foco envolve também a motivação das lideranças, parte fundamental para fomentar a gestão da qualidade.
A nova versão eliminou a figura do “Representante da Direção” a partir do entendimento de que altas lideranças devem se envolver em todos os processos dentro da empresa.
Esse novo olhar se ajusta à compreensão de que a implantação de um SGQ é uma decisão estratégica e precisa ser tomada e acompanhada pelas pessoas que ocupam cargos na diretoria ou que conduzem a área de inovação. Cabe aos gestores da área engajar os colaboradores em seus projetos.
A nova ISO apresenta alterações na estrutura das seções com o intuito de facilitar a implementação de sistemas de gestão integrados. Ela adotou um padrão para criação e revisão de SGQ, em que termos e definições foram alinhados.
A estrutura definida na norma atual ficou da seguinte forma:
A nova versão da norma aborda a aplicabilidade no item Escopo, onde são listadas as condições para as organizações avaliarem a aplicação de determinado requisito a algum dos processos do sistema de gestão da qualidade.
Essa mudança tem como objetivo facilitar a análise das aplicabilidades e avaliar quais delas são pertinentes de acordo com o porte, complexidade, modelo de gestão, atividades, riscos e oportunidades da organização.
Um requisito só deve deixar de ser aplicado se não for substancial para atingir a conformidade dos produtos ou serviços.
Na versão de 2008, ações preventivas eram previstas em uma sessão específica. Porém, na nova ISO 9001, esta sessão foi excluída, pois as ações preventivas são expressas por meio da mentalidade de risco no momento da formulação dos requisitos do sistema de gestão da qualidade.
Anteriormente, a mentalidade de risco estava implícita no planejamento, análise crítica e melhoria. A nova norma especifica os requisitos para que a mentalidade de risco seja aplicada no planejamento e na implementação dos processos do SGQ.
Não há uma orientação sobre como fazer essa gestão e fica a cargo da empresa desenvolver ou não uma metodologia mais extensiva.
A ISO 9001 orienta as empresas na determinação de quais partes interessadas são relevantes para o SGQ, assim como seus requisitos.
Porém, cabe à organização decidir se determinado requisito de uma parte interessada é relevante para a sua sustentabilidade organizacional. Na prática, todas as partes envolvidas na sustentabilidade organizacional estão interessadas.
A ISO adota o termo “produtos e serviços” para se referir a todos os tipos de saídas advindas da atividade fim. Na norma de 2008, só a palavra “produto” era utilizada como referência.
Essa mudança tem como objetivo diferenciar ambos termos e verificar se um produto está em conformidade com os requisitos de qualidade antes da entrega final, mas o mesmo não ocorre com os serviços.
A “informação documentada” faz parte do item Apoio, que é usado para todos os requisitos de documento. Na versão 2008, ela constava como “controle de documentos”.
O termo “controle de registro” antes se referia aos documentos comprobatórios de conformidade com requisitos. Na versão 2015, ele está expresso como “retenção de informação documentada”.
A norma não estabelece quais informações devem ser retidas ou mantidas e tampouco o período, pois determina que essa definição é de responsabilidade da organização.
Requisitos sobre conhecimento organizacional são uma novidade na norma e têm como objetivo assegurar o cumprimento da conformidade de produtos e serviços por meio do incentivo à gestão e à produção de conhecimento.
A ISO 9001 aborda os processos de desenvolvimento de produtos e serviços em parceria com empresas associadas e terceirizadas.
Os processos de controle de qualidade industrial em parceria com fornecedores variam de acordo com o tipo de atividade que é executada. Por isso, é interessante o uso da mentalidade de risco.
Na Indústria 4.0, a aplicação das diretrizes que direcionam o sistema de gestão de qualidade é imprescindível para alinhar os objetivos da organização à política de qualidade da empresa.
Esse passo é fundamental para a implementação de SGQ eficiente.
A Produza é certificada pela ISO 9001 para cada etapa do processo produtivo da indústria eletroeletrônica que envolve montagem, industrialização, integração e venda de placas e equipamentos com sistemas eletrônicos.
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