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DfX como fator de redução de riscos para a produção eletroeletrônica

Se você trabalha em um ambiente fabril certamente já ouviu falar em análise de DfX (Design for Excellence), que em português costuma-se chamar análise de projeto voltado a excelência. Cada vez mais organizações estão percebendo que aliar planejamento e interação entre equipes interdisciplinares é fundamental para o sucesso de um projeto. Aqui mesmo no blog já falamos sobre como essa análise pode ser vantajosa para empresas que desejam aumentar a qualidade, reduzir custos e otimizar tempo. Hoje falaremos sobre um outro aspecto positivo: a redução de riscos. Você verá que, quando a análise de DfX é feita de forma adequada, muitos erros podem ser evitados.

Redução de riscos: Como a DfX pode ajudar?

Errar, na maioria das vezes, custa caro. Há desperdício de matérias-primas, tempo dedicado a encontrar a solução para o problema, além do retrabalho em si. O resultado é o comprometimento do prazo de entrega, clientes potencialmente insatisfeitos e até a perda de futuros negócios. É por isso que a busca por uma produção com baixo risco é tão interessante. A análise de DfX pode ajudar porque é capaz de identificar pontos de atenção, que podem inclusive pausar a produção.

A implantação de um sistema DfX ajuda, de forma global, a mapear todas as etapas da fabricação, quais os riscos envolvidos em cada uma delas, as necessidades de ajustes, etc. Segundo este artigo publicado pelo site Mentor Graphics, há ao menos quatro tipos de riscos fundamentais que são reduzidos:

Risco na cadeia de suprimentos

Um erro na entrega de um produto pode ser fatal para o bom andamento do trabalho e cumprimento de prazos. Na análise DfX, a lista de pedidos enviados aos fornecedores previamente validados é revista. O objetivo é de garantir que nada foi enviado por engano. Pode acontecer que produtos semelhantes sejam confundidos e isso atrapalha a produção quando ela estiver em andamento. Outro problema comum, especialmente quando há terceirização de parte da montagem, é a não comunicação de mudanças no projeto inicial que implicam na compra de materiais e, consequentemente, impactam no resultado final. Mudanças, mesmo quando pequenas, precisam ser comunicadas com ênfase. Por isso, para promover a redução de riscos, é fundamental que tanto no momento do pedido quanto na conferência tudo seja feito de maneira extremamente precisa.

Risco de montagem

Neste item, a redução de riscos diz respeito às margens de segurança. Quando não há um planejamento, pode acontecer de as bordas da placa não serem bem projetadas. Isso impede que as máquinas trabalhem de maneira adequada e eficiente, especialmente no momento da solda de componentes da montagem. Quando há planejamento prévio, há a redução de riscos já que os responsáveis pela montagem, projeto e compras podem trabalhar juntos.

Risco de testabilidade

Estabelecer rotinas de testes bem delineadas ajuda, e muito, na redução de riscos. Deixar as análises somente para o final do processo tende a ser caro e pouco produtivo. O ideal é que os testes sejam feitos ao longo do processo. Só assim é possível identificar de forma rápida e assertiva onde estão os problemas de uma linha de produção. A análise de DfX ajuda a criar essa metodologia e aplicá-la no dia a dia. Caso queira aprofundar-se nesse assunto, temos um material aprofundado sobre esse assunto: “Testes funcionais: como e por que devem ser feitos?”.

Risco de retrabalho

Erros como componentes colocados de forma inadequada geram retrabalho. Quando há um planejamento correto, isso dificilmente acontece. É por esse motivo que a redução de riscos deve focar na previsão de falhas e dar mais atenção aos componentes que possuem maior potencial de apresentar problemas. Outro ponto importante é o planejamento posterior ao erro, ou seja, prever como a peça deve ser reparada caso o problema seja inevitável. Componentes de chip ou SOICs colocados muito próximos a um BGA, por exemplo, dificultariam o retrabalho.

 

Observando as vantagens de atuar em prol da redução de riscos, muitas empresas optam por terceirizar serviços com montadoras que possuem esses processos bem delineados. Mesmo assim, é preciso cooperar com o parceiro para oferecer as melhores condições e evitar que erros aconteçam. Converse e faça um planejamento adequado, certamente os benefícios serão imensos.
Ficou com alguma dúvida sobre a DfX como fator de redução de riscos para a produção eletroeletrônica? Deixe um comentário abaixo:

Marcelo Gouvea

Gerente Comercial PRODUZA S/A

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